já não frequento o invernal jardim
nem de noite, nem de dia - fui-me.
ninguém mais quer saber de mim,
azar meu e do que deixei ao lume.
perdi o meu gosto pela jardinagem,
por garimpar estrelas, pérolas novas.
antes: minério delicado; agora: vadiagem,
frequento os dias, não mais as covas.
a escrita que resta é só solavanco,
não mais ternura, espada, pregação.
deixei o génio sentado num banco,
e a mágoa numa qualquer canção.
onde luzia verso, prosa, às vezes fulgor,
há agora paz, mansidão, puro recato,
fui flor ébria, o mais fulminante amor,
sou só memória baça e ao desbarato.
gi.
As melhores viagens são, por vezes, aquelas em que partimos ontem e regressamos muitos anos antes
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Acerca de mim
- JdB
- Estoril, Portugal
Arquivo do blogue
-
▼
2010
(391)
-
▼
fevereiro
(28)
- 2º Domingo da Quaresma
- A esperança de Margarida
- the night has opened my eyes (or winter in america)
- A arrumadora de armários
- Vai um gin do Peter’s ?
- Escuta
- Pensamentos impensados
- 1º Domingo da Quaresma
- Músicas dos dias que correm
- A esperança de Margarida
- o amor como bela arte
- Falta de tempo para rezar?
- Deixa-me rir...
- Cinco minutos de Madrid
- Pensamentos impensados
- Para uns é 2ª feira de Carnaval. Para outros...
- A Esperança de Margarida
- pastiche
- Deixa-me rir...
- Vai um gin do Peter's?
- Tragicomédia mediocre
- Moleskine
- 5º Domingo do Tempo Comum
- raquel e jacob
- Deixa-me rir...
- Pensamentos impensados
- Fado da vida
- Moleskine
-
▼
fevereiro
(28)
Sem comentários:
Enviar um comentário