A par das
notícias repugnantes que estão a acontecer de Paris sobre ataques terroristas em
cadeia, também há atitudes bondosas em palco de guerra que, infelizmente, nem
sempre são publicadas, porque não vendem
tão bem quanto as más notícias. Mas, como é hoje assumido pelos próprios media
tradicionais, o fluxo de informação circula mais pelos blogs e redes sociais do
que através da imprensa escrita. Por isso, pode ser um bom começo para 2015, começar
por postar este episódio tão humano, que resgata alguma da maldade e violência
destruidora do conflito onde ocorreu, no Iraque:
Num hospital
de campanha norte-americano, algures no Iraque, o sargento-enfermeiro John
Gebhardt é o único capaz de acalmar a criança que as enfermeiras entregaram ao
seu cuidado, depois de ter ficado sozinha no mundo, quando lhe mataram a
família e a balearam na cabeça. Foi uma sorte ter sido descoberta e resgatada, mais
tarde, por uma patrulha ocidental, que incluía o oficial Gebhardt. Ao colo do sargento-enfermeiro,
seu salvador, a criança tem conseguido parar de chorar e adormecer. Por isso, o
oficial tem passado as noites no cadeirão do hospital a embalar a sua protegida,
que assim tem vindo a recuperar física e psicologicamente.
Não há dúvida
de que as pessoas podem fazer toda a diferença e tornar menos cruéis, até as
circunstâncias mais sangrentas. Como reza o adágio: não podemos orientar o vento, mas podemos ajustar a nossa vela…
Ainda na onda
das boas notícias, três portugueses com menos de 30 anos foram incluídos na
selecção dos jovens de sucesso ‘30 under 30’, da conceituada revista
norte-americana Forbes. Entre 20 áreas diferentes, os 3 eleitos são: na “Art
and Style”, o artista de murais urbanos Alexandre Farto, que assina como Vhils;
no desporto, o futebolista Cristiano Ronaldo; em “Healthcare” a investigadora Maria
Nunes Pereira, pelo seu contributo para a descoberta de um adesivo apto a corrigir
os defeitos cardiovasculares que afectam 6 bebés em cada mil nascimentos.
Por fim, duas
sugestões musicais de brinde ao Novo Ano, com coros espantosamente bem
sincronizados. O primeiro foi o ponto alto de um concerto em céu aberto, na
capital da Estónia, com 15000 mil vozes em palco:
O segundo é uma interpretação da ária do Pai-Nosso, musicada pelo compositor norte-americano Albert Hay Mallote (1895-1964), conhecido em Hollywood por ter acompanhado, ao piano, inúmeros filmes mudos e composto várias bandas sonoras de filmes da Disney. Nesta gravação, Andrea Bocelli é acompanhado por um coro de Salt Lake City:
Que no Novo
Ano o tempo jogue a nossa favor e nos faça mais felizes e livres, em crescendo.
Maria Zarco
(a preparar o próximo gin tónico, para daqui a 2
semanas)
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