EUA, UE, Rússia e China.
Após os ataques terroristas em 11 de Setembro de 2001, o presidente George W. Bush decidiu retaliar. Fê-lo no Afeganistão dos Talibans (estudantes de teologia). Bush considerava que era o Afeganistão o local onde Bin Laden treinava os jihaditas para travar a denominada guerra santa. E, de facto, situava-se no Afeganistão a mais importante das células da Al-Qaeda. Em Março de 2003, alegadamente depois de tomar conhecimento de factos consumados de que o Iraque de Sadam Hussein possuía armas de destruição em massa, ilegais segundo os padrões internacionais, o Chefe de Estado americano, temendo um novo ataque à pátria da liberdade, tomou a iniciativa de invadir o Iraque e desencadear mais uma guerra. À época, os EUA viam-se envolvidos em dois campos de batalha. Naturalmente, dada toda a envolvente logística e de armamento necessário para travar duas guerras a muitos km de distância, seriam necessárias avultadas quantias de dólares.
Geralmente, quando um estado necessita de alargar a base orçamental, procede a um aumento da carga fiscal. Mas George Bush, oriundo da facção conservadora e monetarista da política americana optou, em lugar de tributar os cidadãos, por emitir grandes quantias de dívida pública com o propósito de financiar as guerras. Recordando que no ano de 2001 teve lugar o colapso das dotcom (empresas tecnológicas) a situação económica no seio dos EUA era anémica. Com isto, o rendimento disponível para investimento em obrigações federais era muito pouco entre os americanos. Aí entra a China. Com a maior reserva de divisas do mundo, foram os chineses os maiores compradores de dívida pública americana. Apesar de, em termos políticos, serem frontalmente contra as guerras do Afeganistão e Iraque, acabam por ser os grandes financiadores das mesmas. É um daqueles casos em que política e economia andam de costas voltadas.
Vladimir Putin acaba de ser eleito presidente da Rússia. Putin desenvolveu uma campanha eleitoral apelando ao nacionalismo russo, a lembrar o tempo soviético, e afirmando que pretende rearmar o exército Russo. Qualquer coisa como 500.000.000.000 USD em dez anos. Este é um fenómeno que preocupa muito o ocidente. Em especial a vizinha União Europeia. A UE depende do gás proveniente da Rússia. Em troca de Gás, seguem para Moscovo milhões de dólares todos os anos. E será com esses dólares que Putin pretende armar o exército.
Assuntos diferentes mas em tudo semelhantes.
Pedro Castelo Branco
2 comentários:
Interessante análise.
fq
interessante mas preocupante.
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