Especial eleições
Não sei o suficiente de política para afirmar se Cavaco Silva foi, ou não, um bom presidente da República. É com grande alegria que o vejo partir, pois as suas aparições faziam-me pele de galinha. O episódio do bolo-rei não é nada comparado à sua vinda à TV a informar que não tinha dinheiro, num país onde há fome; a dizer aos portugueses que podem confiar no Banco Espírito Santo (isto da boca de um perito (?) em finanças.
O que mais comichão me faz é o PROVINCIANISMO, numa pessoa que estudou "lá fora". Eu, que sou perito em patetices, tenho pena de não ser o inventor da ideia de que CAVACO SAIU DE BOLIQUEIME MAS BOLIQUEIME NÃO SAIU DELE. Como provinciano é um exemplar perfeito. Que saia pela porta grande ou pela porta do cavalo é-me indiferente. Mas vai sair!
Amanhã é dia de eleições, o que me deixa indiferente, pois sou abstencionista; mesmo que o não fosse, o facto de ser Monárquico impede-me de cumprir o "dever cívico". Os midia irão todos afinar pelo mesmo diapasão: informarão que o candidato A votou às 9 da manhã na Freguesia de Cebolais de Baixo, onde tem residência, notícia acompanhada de uma fotografia que mostra o candidato, ou a receber o voto, ou na iminência de o enfiar na ranhura.
Isto passa-se com todos os candidatos. Com sorte ainda aparecerá Cavaco a dizer que o voto é secreto... Não percebo que os candidatos votem - votam em quem? No Pai Natal, no pato Donald? É ridículo. Acho que tudo isto pode ser uma palhaçada: pode concorrer a Supremo Comandante das Forças Armadas e a Supremo Magistrado da Nação qualquer pessoa, desde que consiga umas assinaturas. Tino de Rans tem um aspecto muito simpático, parece que fez muito pela sua terra, mas daí a concorrer a um Supremo vai uma grande distância.
Por estas e por outras é que não acredito no sufrágio universal.
SdB (I)
1 comentário:
«Não sei o suficiente de política...»
Com este começo enterrou tudo o mais.
As melhoras
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