O PÁSSARO
Quando ele apanhou o pássaro
cortou-lhe as asas.
O pássaro voou mais alto.
cortou-lhe as patas.
O pássaro deslizou como uma barca.
Furioso, cortou-lhe o bico.
O pássaro cantou com o coração,
como canta uma harpa.
Então cortou-lhe o pescoço.
E de cada gota de sangue
Saiu um pássaro mais brilhante.
Maurice Carême
(12/5/1899 - 13/1/1978)
In "Revista DiVersos, 10"
(Tradução de António Ramos Rosa)
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