Hoje é Domingo, e eu não esqueço a minha condição de Católico.
Tenho para mim a certeza de que todos temos dentro de nós o grão de mostarda de que nos fala o Evangelho de hoje. E estou ainda certo de que ao longo da minha vida lidei com ele de forma diferente. Já habitou um canto esquecido do meu interior, relegado para uma indiferença de quem fazia poucas perguntas - não por ausência de dúvidas, mas por desinteresse pelo tema. Já cresceu de tal forma que todo eu me abriguei à sua sombra, sendo factor decisivo de sobrevivência equilibrada em tempos de tempestade. Agora, nos dias que correm, e se me perguntassem como coabita dentro de mim este grão de mostarda, diria uma expressão popular e de criatividade vaga: ele há dias...
Tenho para mim a certeza de que todos temos dentro de nós o grão de mostarda de que nos fala o Evangelho de hoje. E estou ainda certo de que ao longo da minha vida lidei com ele de forma diferente. Já habitou um canto esquecido do meu interior, relegado para uma indiferença de quem fazia poucas perguntas - não por ausência de dúvidas, mas por desinteresse pelo tema. Já cresceu de tal forma que todo eu me abriguei à sua sombra, sendo factor decisivo de sobrevivência equilibrada em tempos de tempestade. Agora, nos dias que correm, e se me perguntassem como coabita dentro de mim este grão de mostarda, diria uma expressão popular e de criatividade vaga: ele há dias...
Todos os Domingos aqui venho, iluminado ou desinteressante, escrever sobre grãos de mostarda. Nem sempre tenho muito para dizer aos outros, mas há qualquer coisa que ressoa teimosamente dentro de mim: uma certeza das falhas que acompanha um propósito de melhoria. Semanalmente aqui venho - na escrita ou na minha interioridade - recordar o que é fatal e o que é importante: somos imperfeitos, mas Deus não é senão amor. Abriguemo-nos à sombra deste grão de mostarda.
***
Do Evangelho de hoje:
Naquele tempo,
disse Jesus à multidão:
«O reino de Deus é como um homem
que lançou a semente à terra.
Dorme e levanta-se, noite e dia,
enquanto a semente germina e cresce, sem ele saber como.
A terra produz por si, primeiro a planta, depois a espiga,
por fim o trigo maduro na espiga.
E quando o trigo o permite, logo mete a foice,
porque já chegou o tempo da colheita».
Jesus dizia ainda:
«A que havemos de comparar o reino de Deus?
Em que parábola o havemos de apresentar?
É como um grão de mostarda, que, ao ser semeado na terra,
é a menor de todas as sementes que há sobre a terra;
mas, depois de semeado, começa a crescer,
e torna-se a maior de todas as plantas da horta,
estendendo de tal forma os seus ramos
que as aves do céu podem abrigar-se à sua sombra».
Jesus pregava-lhes a palavra de Deus
com muitas parábolas como estas,
conforme eram capazes de entender.
E não lhes falava senão em parábolas;
mas, em particular, tudo explicava aos seus discípulos.
1 comentário:
Obrigada pela dica. Amanhã vou plantar grãos de mostarda no meu jardim.
À uma (adoro esta expressão popular), preciso de sombra porque o calor aperta, à duas, o caminho da imperfeição é tão longo, que se não houver uma sombra sólida, mas que simultaneamente deixe passar a luz,
Caímos mais depressa.
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