28 janeiro 2010

Deixa-me rir...

Rolling Stones. O meu grupo preferido de sempre.

Hoje deixo-vos pedaços de um filme que me fez vibrar. Vi-o 3 vezes no cinema, na companhia de 3 amigos diferentes, no espaço de 2 semanas. E só não vi uma quarta vez porque o amigo com quem era suposto ir não estava muito prái virado (e se eu insisti!!!).

Trata-se do Shine a Light, um filme de Martin Scorcese, de 2006, baseado num concerto dado pelos Rolling Stones no Beacon Theater, uma pequena sala de espectáculos nova-iorquina (que deve ser equivalente aos coliseus de Lisboa ou Porto). Um belo exemplo de um trailer extraordinariamente bem construído.

E também uma das baladas que o mítico Keith Richards canta nesta ocasião. Tornei-me fã do Keith Richards recentemente. Acho-lhe pilhas de graça e aprecio imensamente a “liberdade” do seu estilo: totalmente descontraído, (aparentemente) de bem com a vida, hiper cool, um humor desarmante, umas roupas que só nele têm graça ... As suas frases sucintas, blasé, numa linguagem quase “simplista”, revelam, para quem quiser ver, um pensamento profundíssimo … ainda que escondido sob uma capa que alterna a ironia, a distracção, a leviandade, a brincadeira … o eterno rebelde que não leva nada a sério …

A meu ver ele representa os brains e o wit dos Rolling Stones. Já o Mick Jagger é a personificação (o body) do grupo, o carismático e extraordinariamente atractivo símbolo de uma banda que fez parecer os Beatles uns meninos do coro (passo a “subjectividade” da afirmação!).
Mas ainda o aprecio mais (ao KR) porque, em entrevista alternada a ele e ao Ronnie Wood, ainda no âmbito deste filme, ele é referido como sendo um “very moral and generous guy”. É casado há anos com a mesma mulher, do que sei …. adoro estas incongruências, estes cocktails improváveis (ou não...) dentro do mesmo ser humano!

Have fun.

PS: agradeço desde já ao dono deste estabelecimento a generosidade em me deixar postar este texto. É que o JdB ODEIA os Rolling Stones e TEM HORROR ao Mick Jagger!






pcp

8 comentários:

Anónimo disse...

Também adoro o Keith Richards e o filme SHINE A LIGHT, onde o Martin Scorsese nos transporta para uma vida de 40 anos de produção musical inspirada, ao som dos inconfundíveis Rolling Stones. No filme, Scorsese intercala, habilmente, o concerto em Beacon Theater, ocorrido em 2006, com momentos emblemáticos do grupo recuando aos finais dos anos 60 e aos loucos anos 70, apanhando uma entrevista do Mick Jagger, quase teeanager, a dizer que não sabia se o grupo iria durar até ao final daquele ano mas uma certeza tinha: aos 60 anos teria imenso fôlego para as correrias e saltos em palco, incansável! Claro que o entrevistador se riu, desacreditando... Mas Beacon Theater desmentiu o entrevistador quanto ao élan e resistência de Mick, e o próprio Mick quanto à longuíssima longevidade dos Rolling Stones! Até nisso são campeões!
Obrigadíssima "pcp" pelo teu testemunho interpelativo.
Em.

Anónimo disse...

Infelizmente não vi o filme, mas vou já à procura em DVD, fiquei inspirada com este comentário. Quanto ao grupo, I´m a big fan !!!

Anónimo disse...

pcp, para mim foi a sugestão do Deixa-me rir que mais gostei até agora. Não porque corresponda à minha preferência musical mas porque à música e palavras dos RS se adicionou a paixão de quem as escolheu. È como aqueles presentes que se recebem e que não gostavamos mas que vindo carregados da energia de quem os escolhe...passamos a adorar. B deA

Maria BCC disse...

Bem tb detesto ver o Mick Jagger mas não desgosto dos Rolling Stones qb

Tb acho alguma graça às incongruências qdo não ultrapassam certos limites e traduzem descontracção e auto-confiança :) e afinal, quem não as tem (digo, as incongruências? :))

marialemos disse...

Wow pcp! Gostei imenso. Achei o trailer uma pequena jóia. Não sei se foi o Deixa-me Rir q gostei mais até agora. Só sei q felizmente me lembrei q hoje é 5ª o dia do seu post e do po. Deixa-me cá ver outra vez:)

Anónimo disse...

Obrigada a todos pelos vossos comentários. Gostei de ver, também da V. parte, uma certa paixão nos comentários que fizeram. É um grupo extremamente interpelativo, muito love it or hate it, não há meio termo. Tal como, para quem me conhece, o meu amor pela Índia. Também é love it or hate it, ninguém gosta mais ou menos da Índia ... Ainda bem que perceberam a minha escolha e o meu gosto. Bjs para todos e ... carpe diem (como me dizia deA aqui há muitos anos). pcp

Anónimo disse...

Fico sempre sempre high, quando vivo os RS, alive & kicking! what a vibe! No way I should miss such a energy and life booster! Thnx pcp
t

Anónimo disse...

Na qualidade de um dos beneficiários da tua paixão por este excelente documentário/reportagem, renovo-te os meus agradecimentos.

Apreciei particularmente a escolha das duas pequenas amostras: Scorcese à nora sem saber o alinhamento do concerto ou sequer o tema de abertura - quase um leitmotiv do documentário - e o blues. Há outro diveretido momento quando KR e RW são separadamente confrontados com a pergunta "Quem é o melhor guitarrista da banda?", mas achei a selecção perfeita.

QUERO MAIS!

j.

PS Aproveito para agradecer o post da Maria Teresa de Noronha, sobre o qual não pronunciei tempestivamente

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