Ventos de mudança, que já sopram...
1. Percepção dos portugueses da necessidade de Mudar. O querer Mudar constitui, desde logo, uma mudança.
2. Rejeição (finalmente digo eu!) da demagogia dos partidos de protesto. Se o PCP mantém cativado o seu eleitorado fiel, se bem que envelhecido e rural, o Bloco de Esquerda, desde a fundação sustentado por um eleitorado urbano, jovem, libertário mas, no entanto, responsável. Se a crise foi capaz de deslocar os irresponsáveis para debaixo do tecto da responsabilidade, pois bendita crise.
3. Consciência dos portugueses da necessidade, ou mesmo imperatividade, de um governo assente numa maioria parlamentar.
4. Pedro Passos Coelho, recém eleito Primeiro-Ministro, mesmo que as eleições apenas elejam deputados, foi capaz de fazer um discurso simples, claro, para todo o tipo de ouvidos e nada triunfalista. Claro que os tempos não estão para qualquer tipo de triunfalismos, mas, quando tantos acusam o líder do PSD de imaturidade, creio que esta foi uma resposta à altura.
5. Eleições ao Domingo, como sempre acontece, e na Segunda-feira seguinte já Cavaco convocara Passos a formar governo. Terça-feira começaram as negociações entre PSD e CDS com a vista à formação de uma coligação governamental. Porque não poderão estes processos serem dotados de celeridade? Uma vez mais digo, bendita crise.
6. Qualquer que seja o próximo secretário-geral do PS, dado o perfil dos dois candidatos, estará assegurado o cumprimento dos acordos com a Troika e, tudo leva a crer, que os socialistas não se juntarão à extrema esquerda nos protestos de rua.
Pedro Castelo Branco
1 comentário:
Gostei dos seus comentários. Deus queira que venha aí uma mudança real, consistente e para durar. Obrigada. pcp
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