# 12 Allen Halloween, Bandido Velho
E ei-lo de volta, Allen Halloween, para nós o rapper / hiphopper mais importante da cena nacional. Após "Árvore Kriminal", Allen assina mais um longa-duração, "Híbrido", onde dá palco às suas letras existencialistas, melancólicas, de uma poesia desolada e realista, envoltas por mantos de "beats" rugosos, espantosamente eficazes. Eis alguém que escreve sobre este país que somos, a partir das franjas, sem heroísmos idiotas, sem o culto da violência explícita, sem "statements" maniqueístas. Nada disso encontramos aqui, num disco que é feito de sangue ainda quente e de carne ainda viva. Crespucular, desencantado.. mas ainda capaz de vislumbrar uma centelha de beleza, por entre o betão.
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# 13 Deerhunter, Breaker
Os Deerhunter, volta e meia, brincam com os géneros musicais com que tecem as suas tapeçarias sonoras. Desta feita, dentro de um mesmo disco, encontramos canções que se diriam escritas por bandas diferentes. Para o caso, tanto importa - "Breaker" é uma cançãozinha que, a cada audição, cresce e se transforma numa belíssima canção, inteligente e prazenteira, e ao mesmo tempo.
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