07 maio 2021

O Fado, canção de vencidos

Ó meu amor marinheiro
Tenho ciúme
Das verdes ondas do mar
Que teimam em querer beijar
Teu corpo erguido às marés
Tenho ciúme
Do vento que me atraiçoa
Que vem beijar-te na proa
E morre pelo convés
Tenho ciúme
Do luar da Lua cheia
Que no teu corpo se enleia
Para contigo ir bailar
Tenho ciúme
Das ondas que se levantam
E das sereias que cantam
Que cantam para te encantar
Ó meu amor marinheiro
Ó dono dos meus anelos
Não deixes que à noite a lua
Roube a côr aos teus cabelos
Não olhes para as estrelas
Porque elas podem roubar
O verde que há nos teus olhos
Teus olhos, da cor do mar
Ó meu amor marinheiro
Ó dono dos meus anelos
Não deixes que à noite a lua
Roube a côr aos teus cabelos
Não olhes para as estrelas
Porque elas podem roubar
O verde que há nos teus olhos
Teus olhos, da cor do mar

Poema de António Campos

Sem comentários:

Acerca de mim

Arquivo do blogue