QUEM ME QUISER AMAR
Me leve
como um presente imerecido,
vindo não sabe de aonde
– sempre com medo que lhe fuja
da caixinha cor da bruma
em que se esconde.
Quem me quiser amar,
me leve, sem se importar
de perguntar o que eu valho.
– Já lhe basta essa alegria
de saber que me possui
de saber que eu valho mais
que quanto puder pensar.
Sebastião da Gama
(1924 - 1952)
In "Por Mim Fora"
(Antologia)
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