Amador sem coisa amada
Resolvi andar na rua
com os olhos postos no chão.
Quem me quiser que me chame
ou que me toque com a mão.
de tédio os olhos vidrados,
olharei para os prédios altos,
para as telhas dos telhados.
aprendiz colegial.
Sou amador da existência,
não chego a profissional.
poemas escolhidos
edições joão sá da costa
1999
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