21 novembro 2024

Poemas (inteligentemente artificiais) dos dias que correm

 No início desta semana, para compor o texto sobre solidão que postei na 3ªfeira, pedi ao ChatGPT o seguinte: poema que fale de solidão de um poeta português. Em menos de 10 segundos o "sistema" apresentou-me isto:

Solidão do Poeta
(Inspirado pela alma portuguesa) 

Na penumbra da noite que me veste,
Caminho só, num fado que me chama.
A lua, confidente que me empreste
O brilho pálido que o peito reclama. 

Meu canto ecoa em paredes vazias,
Versos moldados por silêncios frios.
Companheiros, são as horas tardias,
E o vento que sopra nos montes sombrios. 

Que é do amor? Que é da vida tão doce?
Perdi-me em palavras, perdi-me em mim.
Um poeta sem rima que só se torce,
Num cais deserto, sem barco, sem fim. 

Mas na solidão encontro um espelho,
Onde meu ser, despido, se revela.
Sou mar bravio, sou astro sem brilho,
Mas também sou alma, e isso me impele. 

Oh, solidão, cruel e tão querida,
És musa e dor, veneno e guarida.

E acrescentou: este poema reflete a melancolia e introspecção tão presentes na obra de muitos poetas portugueses, como Fernando Pessoa e Florbela Espanca. Que achou? Quando lhe perguntei quem era o autor, informou-me: o poema que escrevi é original e inspirado no estilo melancólico de grandes poetas portugueses, como Fernando Pessoa e Florbela Espanca, mas não pertence a nenhum autor específico: fui eu quem o compôs para você.

Olho para o poema: se excluirmos as rimas doce / torce ou espelho / brilho, o poema não envergonha ninguém, e tem um verso particularmente criativo: O brilho pálido que o peito reclama. Se tirarmos o brasileirismo do tratamento por você, o diálogo que mantém comigo é impressionante. Tudo isto demorou nem um minuto. Onde é que vamos parar?

JdB

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