Hoje é Domingo, e eu não esqueço a minha condição de Católico.
No dia em que saía a Lanterna Vermelha de segunda-feira passada, neste mesmo blogue, alguém me comentava, como editor e dono deste estabelecimento, o carácter demasiado bonzinho do personagem descrito por MTS. Fui ler o texto com mais atenção. Não sabendo o que presidiu à criação daquele senhor Abílio Rente, condenado a 25 anos de prisão pela morte de duas jovens, fiquei a pensar naquele final.
No dia em que saía a Lanterna Vermelha de segunda-feira passada, neste mesmo blogue, alguém me comentava, como editor e dono deste estabelecimento, o carácter demasiado bonzinho do personagem descrito por MTS. Fui ler o texto com mais atenção. Não sabendo o que presidiu à criação daquele senhor Abílio Rente, condenado a 25 anos de prisão pela morte de duas jovens, fiquei a pensar naquele final.
Numa destas associações de ideias que nem sempre têm uma explicação lógica, lembrei-me de actos redentores, do final do filme Gran Torino, do sentido para a vida, do arrependimento e do perdão. E lembrei-me de uma passagem da Bíblia que sempre me comoveu:
Ora, um dos malfeitores que tinham sido crucificados insultava-O, dizendo: «Não és Tu o Messias? Salva-Te a Ti mesmo e a nós também!»
Mas o outro, tomando a palavra, repreendeu-o: «Nem sequer temes a Deus, tu que sofres o mesmo suplício? Quanto a nós fez-se justiça, pois recebemos que as nossas acções mereciam; mas Ele nada praticou de condenável». E acrescentou: «Jesus, lembra-Te de mim, quando estiveres no teu Reino».
Ele respondeu-lhe: «Em verdade te digo: hoje estarás comigo no Paraíso»
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Nesse mesmo dia, ao jantar, contava a minha experiência de peregrino por terras de Santiago de Compostela. Senti-me incapaz de explicar, a quem me ouvia, que, sendo contra a mortificação do corpo – promessas cumpridas de joelhos, auto-flagelação, cilícios, etc. – havia uma qualquer dimensão espiritualmente benéfica no esforço físico de uma caminhada, nuns músculos maltratados e numas pernas doridas. Falha-me o raciocínio, mas foi isso que senti. Não falo de uma caminhada por montes e vales com intuitos mais físicos ou de lazer. Falo de uma peregrinação, no que o termo tem de religioso. Sou vencido pela incongruência?
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Recebi e reproduzo uma frase que achei interessante:
Não há santo sem passado, não há pecador sem futuro...
(Grafitti numa parede de Melbourne referido pelo Cardeal Nguyen van Thuan no seu livro Testemunhas da Esperança)
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Do Evangelho de hoje:
Depois disse a Tomé:
«Põe aqui o teu dedo e vê as minhas mãos;
aproxima a tua mão e mete-a no meu lado;
e não sejas incrédulo, mas crente».
Tomé respondeu-Lhe:
«Meu Senhor e meu Deus!»
Disse-lhe Jesus:
«Porque Me viste acreditaste:
felizes os que acreditam sem terem visto».
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O casamento entre o som e a imagem não será o melhor, mas, mesmo assim, vale a pena ouvir
JdB
2 comentários:
dimensão espiritualmente benéfica no esforço físico...
isto é capaz de ser que perante o esforço, a célula, se lhe não dão descanso, responde em consciência dilatada. o cansaço traz uma nova dimensão espiritual. será? soa bem.
E como eu gostava de ler essa Oração a N.S. de Africa! Pela Conversão... dos Pretos!!
Vindo de si soa tudo bem, DaLheGas estou certo disso. Quanto à oração, publiquei-a por achar curiosa esta mesma manifestação de uma linguagem e de uma atitude desajustadas para os dias de hoje. A oração é de 1892 e cito-lhe uma frase apenas:
"(...) baixa os Teus olhos de Mãe piedosa para os desditosos filhos das selvas africanas, que ainda vivem envolvidos nas trevas do paganismo".
Enfim, outros tempos...
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