Fazes poupanças da alma
Com as manias da razão
E pedes sempre mais calma
Custa-te largar a mão.
Sobre as coisas que assustam
Não demoras a pensar
Imitas aqueles que escutam
E vais-te deixando andar.
Sobra-te tempo pra tudo
Sobretudo pra gastar
E deixas-te andar mais que mudo
Não gostas de atrapalhar.
O sossego é traiçoeiro
Surpreende quem quiser
A verdade é que és um estrangeiro
Até prá tua mulher.
E a certeza esmorece
Enquanto avanças na canção
A vida é sempre diferente
E precisa de um refrão.
Agora contas plos dedos
O que sabias de cór
A tabuada dos medos
Não tem lugar no amor.
E há-de chegar o dia
Em que tu vais perceber
Só te deram esta vida
E foi feita pra viver.
Zdt (cancioneiro dos improvisos)
1 comentário:
Porque arriscar a poesia é sempre correr riscos. Porque correr certos riscos - os riscos certos - merece aplauso. E porque, veja lá, me lembrei do António Variações, ao ler alguns destes seus versos..
..aqui ficam os devidos aplausos.
gi.
Enviar um comentário