Apesar de as minhas ligações ao Alentejo serem escassas,
trata-se de uma região do país de que gosto e que visito sempre com vontade renovada.
Ainda há relativamente pouco tempo estive uns dias na zona de Évora, e dei por
bem empregue o tempo aí passado.
Gosto das paisagens, da beleza das cidades e dos seus
monumentos, da limpeza das aldeias, da gastronomia, das falas e cantares
alentejanos, dos vagares das gentes, da cor da terra. Penso que foi Miguel
Torga que afirmou que em Portugal há duas regiões com dimensão e grandeza: Trás-os-Montes
e Alentejo. Concordo com ele, embora ache que o estuário do Tejo também merece essa
distinção quase exclusiva.
A minha escolha musical de hoje vai pois para o Alentejo
e para a viola campaniça, ou viola de Beja, instrumento típico do Baixo
Alentejo que esteve quase desaparecido, substituído que foi nas festas, bailes,
bailaricos e afins por modernices mais barulhentas.
O meu préstimo, por isso, a homens como o incontornável
Pedro Mestre, natural da terra mineira de Castro Verde, que muito fizeram ao
longo da última década, mais ano menos ano, para preservar, recuperar e
divulgar, com êxito, esta magnifica viola de curvas bem pronunciadas e ousadas.
Espero que gostem!
fq
1 comentário:
Só a sapiência e a cultura dos meus colegas bloguistas para me ensinar o que é a viola camapaniça e as suas curvas ousadas. Gostei - e confesso que não conhecia. Vamos embora, Alentejo!
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