19 março 2013

Duas últimas

Hoje, mas há doze anos, dia do Pai, eu começava o ano zero da minha existência, dava início a uma viagem que não teria retorno. De lá para cá, porque não sou mais nem menos do que a generalidade do mundo, a vida foi tudo: foi-me grata e foi madrasta, foi pacífica e turbulenta, mostrou-me o que devia ser-se e aquilo de que deveria fugir. Acima de tudo, a vida ensinou-me muito, talvez porque eu também quisesse aprender. Tudo  - ou quase tudo - começou, como disse, no dia do Pai, hoje mas há doze anos.

Todos os meus Amigos são filhos, isto é, têm um Pai. Todos os meus grandes Amigos são Pais, e um ou outro estendeu a paternidade para além do círculo restrito da biologia, confirmando o lugar comum que nos diz que a família não é só o sangue. Com todos eles aprendo, com um ou outro mais próximo falo deste dever que é educar quem herda (também) os nossos genes e o nosso nome e nos perpetua nos filhos que terá, e que nos chamarão avô. Com todos medito na minha própria condição de Pai, no que falhei e no que acertei, no que devia ter feito e não fiz por incapacidade, desvalorização de importância, esquecimento, noção errada das prioridades. 

Deixo-vos com três músicas relacionadas com o dia de hoje: um fado que realça o amor de pai de uma forma particularmente curiosa (é preciso tomar atenção à letra e não desvalorizar aos primeiros acordes da voz...); Cat Stevens, numa música do meu tempo de jovem e que continua a ouvir-se com gosto; e uma faixa de um filme da Disney, que ponho porque foi sugerido por quem me constitui também como Pai, e que tem feito de mim muito do que sou.

Bom dia do Pai.

JdB





2 comentários:

Anónimo disse...

Forte abraço, grande Pai!
fq

arit netoj disse...

Parabéns e beijinhos especiais a um pai que muito tem aprendido com a experiência da vida. Não é por acaso que tem filhos especiais tanto na terra como no céu...

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