Parceria é uma das várias palavras de que se usa e abusa no dicionário economicista que diária e crescentemente nos fustiga. Nem sempre pelos melhores motivos: lembremos por exemplo as famigeradas parcerias “público-privadas”, que no meu entender merecem (ou mereceram) tal adjectivo sobretudo porque o nosso bem-amado estado nunca conseguiu ser eficaz na defesa do interesse publico que lhe deve pertencer.
A despropósito, lembro-me ainda de uma frase que há já alguns anos ouvi ao meu antigo patrão. Mais ou menos isto: “cuidado com os sócios, espécie em regra ingrata e traiçoeira”. Na altura não liguei muito, mas hoje em dia penso que a deve ter proferido em épocas como a da “distribuição de resultados” ou a da “venda da empresa x, normalmente industrial, para investir na y, normalmente de serviços”. Lá teria as suas razões. Não tendo a concordar com a frase, certamente por ingenuidade ou boa vontade!
Entretanto, um exemplo feliz de uma parceria de sucesso é sem dúvida a que em boa hora (2015) foi feita, ou talvez reforçada, entre Ana Moura e Abrunhosa. Casando bem a inspiração do primeiro com a voz sensual e muito própria da multifacetada artista ribatejana.
Espero que apreciem a escolha.
fq
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