10 julho 2009

ao amanhecer

ao amanhecer
dirás de volta aos braços que te esmagam:
nenhum tirano me seduzirá,
nenhum ouro me atropelará,
nenhum homem será meu senhor.

ao amanhecer
as nuvens, à distância de um céu, falam:
nenhum erro te matará,
nenhuma falha te desviará,
nenhuma mulher calará esse teu amor.

ao amanhecer
conhecerás a matéria do poema:
a virtude que te é exacta,
a dor que tem que acontecer,
a mais sublime inclinação.

ao amanhecer
conhecerás a tua última essência,
a que escondes nos fundos
dos teus tortuosos mundos
em todos os segundos:

- seguir o coração, joão.


gi

4 comentários:

Anónimo disse...

Belo!! Rita Ferro

Ana CC disse...

Pestacular! Acima de espectacular, de admirável. Volte sempre.

ana v. disse...

Que bem se escreve neste blog... ao amanhecer!
Parabéns.

Anónimo disse...

minhas senhoras,

sou todo eu um reconhecido obrigado.

fazemos o que podemos. apenas.

flores,


gi.

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