28 agosto 2009

jeanne moreau

no tempo em que o mundo estava ainda por inventar,
quase que me apaixonei por ti, jeanne,
como é timbre dos adolescentes em qualquer lugar.

no tempo em que barcos sedentos se lançavam ao mar,
eras a mulher-fatal, negra e perfeita,
inventada por marinheiro qu'em terra só queria navegar.

no tempo dessas manhãs-sem-igual-belas-de-pasmar,
esperava-te à porta de todos os sonhos.
e tu chegavas e tu eras minha..

(diz-me, jeanne, devagarinho:
chegaste mesmo a chegar?)

gi

2 comentários:

Anónimo disse...

poesia, prosa, conhecedor de música em profundidade ... também sabe pintar, gi? ou tocar piano? pcp

Anónimo disse...

olá, pcp.
já me valeu um sorriso - precioso, portanto..
diria apenas assim: 'nada do que é humano me é estranho'.
aceite um abraço e as flores,

do gi.

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