Na ressaca de muito recente viagem à Polónia, escolho
esta valsa de um dos seus filhos mais notáveis, Fréderic Chopin, grande
compositor e pianista romântico da primeira metade do século XIX, procurando
assim prolongar no tempo esses dias de ausência marcantes e diferentes, agora
que estou de regresso a um dia a dia confuso e algo enervante.
Deveria ter escolhido uma mazurca ou uma canção polonesa, mas em Chopin aprecio sobremaneira as suas valsas ao estilo vienense, daí esta escolha.
Quanto à Polónia, senti pouco a famigerada crise, antes encontrei gente alegre e descontraída, muita obra (alguma a ser executada por empresas portuguesas) e um tempo bem razoável. Também percebi que sentem alívio em não pertencer à zona euro, pudera! Crescimento económico previsto para este ano a rondar os 4%.
Os polacos, diria que em grande parte, acreditam em algo superior, em Deus, se me faço entender. Não tenho dúvidas que a percepção que tive da sua fé, do seu catolicismo vivido e efectivamente praticado, constituiu o facto mais marcante da viagem. Poderei tentar um dia falar mais em detalhe desta questão e das razões que em meu entender levam a que o povo polaco esteja, nesta matéria, em claro contra ciclo relativamente a uma Europa ocidental, este canto incluído, em processo de descristianização acelerada.
Espero que gostem!
fq
Deveria ter escolhido uma mazurca ou uma canção polonesa, mas em Chopin aprecio sobremaneira as suas valsas ao estilo vienense, daí esta escolha.
Quanto à Polónia, senti pouco a famigerada crise, antes encontrei gente alegre e descontraída, muita obra (alguma a ser executada por empresas portuguesas) e um tempo bem razoável. Também percebi que sentem alívio em não pertencer à zona euro, pudera! Crescimento económico previsto para este ano a rondar os 4%.
Os polacos, diria que em grande parte, acreditam em algo superior, em Deus, se me faço entender. Não tenho dúvidas que a percepção que tive da sua fé, do seu catolicismo vivido e efectivamente praticado, constituiu o facto mais marcante da viagem. Poderei tentar um dia falar mais em detalhe desta questão e das razões que em meu entender levam a que o povo polaco esteja, nesta matéria, em claro contra ciclo relativamente a uma Europa ocidental, este canto incluído, em processo de descristianização acelerada.
Espero que gostem!
fq
4 comentários:
Muito bonito (como tudo o que Chopin compôs). Relativamente a países onde Deus se sente de uma forma palpável ...visite a Índia. Não é a prática católica tradicional a que estamos habituados, como imagina, mas sim uma vivência em que o mundo é feito de pedaços de sagrado: nas árvores, na natureza, nas montanhas, nos animais, nas procissões e comemorações participadas por milhares e milhares de pessoas. Fiquei particularmente impressionada com uma romaria dedicada a Nossa Senhora de "qualquer coisa", cujo santuário era no cimo dum monte, em Panjim, Goa, e ver que essa mesma romaria era constituída por milhares e milhares de hindus que, pura e simplesmente, foram adorar uma Santa católica. Esse sentido do sagrado é extraordinário, pelo menos para mim. É duma amplitude, duma riqueza, talvez de algum folclore, convenhamos, mas que não deixa de impressionar. Onde é que já se viu algum Católico em atitude de respeito (já nem digo de reverência) perante o Ganesha ou um Buda qualquer? Não existe. Essa abertura acho-a extraordinária. Já nem falo nas Comemorações de São Francisco Xavier, no dia 3 ou 4 de Dezembro... acho que metade da Índia (estou a exagerar, claro) converge para Velha Goa nessa altura. Obrigada. pcp
Giríssimo, Chopin e as impressões q. deixou. Do que apanhei dos polacos, em Cracóvia, vou completamente na sua linha, de um povo cuja fé está entranhada na maneira de ser e em toda a sua história. Obrig. pelo óptimo post de viagem, MZ
Não sou um enorme fã de Chopin, mas gosto da peça que apresentaste, magnificamente interpretada.
Concordo contigo quanto à religiosidade dos polacos, "comprovada" quando lá estive há uns anos. A qualquer hora, em qualquer igreja, havia sempre muita gente a rezar.
Apoiado quanto ao Chopin que está longe de ser um compositor ligeiro, como alguns pseudo-eruditos musicais defendem.
Apoiado quanto aos polacos, que me deleitam a trocar as voltas aos novos dogmas europeus.
Nem tanto quanto á cabeleira do pianista.
Abraço
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