Em Portugal, no dia de
Todos-os-Santos as crianças saem à rua e juntam-se em pequenos bandos
para pedir o pão-por-deus de
porta em porta. As crianças quando pedem o pão-por-deus recitam versos e
recebem como oferenda: pão, broas, bolos, romãs e frutos secos, nozes, amêndoas
ou castanhas, que colocam dentro dos seus sacos de pano. É também costume em
algumas regiões os padrinhos oferecerem um bolo, o Santoro. Em algumas povoações
chama-se a este dia o ‘Dia dos Bolinhos’.
Esta tradição teve origem em Lisboa em
1756, 1 ano após o terremoto que destruiu Lisboa em 1º de Novembro de 1755.
Nesse evento morreram milhares de pessoas e a população da cidade - na sua
maioria pobre - ainda mais pobre ficou.
Como a data do terramoto coincidiu com
uma data com significado religioso (1 de Novembro), de forma espontânea, no dia
em que se cumpria o primeiro aniversário do terramoto, a população aproveitou a
solenidade do dia para desencadear, por toda a cidade, um peditório, com a
intenção de minorar a situação paupérrima em que ficaram.
As pessoas, percorriam a cidade, batiam
às portas e pediam que lhes fosse dada qualquer esmola, mesmo que fosse pão, dado
grassar a fome pela cidade. E as pessoas pediam: "Pão por Deus".
Esta tradição perpetuou-se no tempo,
sendo sempre comemorada neste dia e tendo-se propagado gradualmente a todo o
país.
Até meados do
séc. XX, o "Pão-por-Deus" era uma comemoração que minorava as
necessidades básicas das pessoas mais pobres (principalmente na região de
Lisboa). Noutras zonas do país, foram surgindo variações na forma e no nome da
comemoração. A designação indicada acima (Dia dos Bolinhos) em Lisboa nunca foi
utilizada, nem era sequer conhecido este nome.
(Texto tirado daqui)
1 comentário:
http://www.youtube.com/watch?v=kcRku6UL9YQ
Abraço
V.
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