Estava precioso: tinha fígado e tinha moela; o seu perfume enternecia; três vezes, fervorosamente, ataquei aquele caldo.
– Também lá volto! – exclamava Jacinto com uma convicção imensa. – É que estou com uma fome… Santo Deus! Há anos que não sinto esta fome.
Foi ele que rapou avaramente a sopeira. E já espreitava a porta, esperando a portadora dos pitéus, a rija moça de peitos trementes, que enfim surgiu, mais esbraseada, abalando o sobrado – e pousou sobre a mesa uma travessa a transbordar de arroz com favas. Que desconsolo! Jacinto, em Paris, sempre abominava favas!… Tentou todavia uma garfada tímida – e de novo aqueles seus olhos, que o pessimismo enevoara, luziram, procurando os meus. Outra larga garfada, concentrada, com uma lentidão de frade que se regala. Depois um brado:
– Óptimo!… Ah, destas favas, sim! Ó que fava! Que delícia!
in A Cidade e as Serras, Eça de Queirós
Creme de Favas
Ingredientes:
1 cebola picada
500g de batatas
2 dentes de alho picados
125 ml de azeite
1 molhinho de coentros picados
1 chouriço
Sal q.b.
Preparação:
Numa panela, leve ao lume o azeite, a cebola e os alhos. Mexa e deixe refogar tudo.
Junte os coentros e deixe fritar ligeiramente. Junte as favas, mexa bem e tempere com sal. Junte as batatas, o chouriço e aproximadamente 3 litros de água. Deixe cozer cerca de 40 minutos até tudo estar cozido.
Depois de tudo cozido, retire o chouriço e passe a sopa com a varinha mágica.
De seguida, passe num passador de rede para tirar as casquinhas.
Deixe ferver e apague o lume.
Sirva a sopa com as rodelas de chouriço por cima.
Nota: receita tirada daqui
MFM
1 comentário:
hummmmmmmmmmmmmm. Vou experimentar.
Nota especial para TdB - com a bimby.
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