12 junho 2015

killjoy

Terra Nostra, S. Miguel (Maio 2015)


na guitarra gravara sete letras, para que nunca se esquecesse
de que toda a alegria foge por entre os dedos, de que quanto
mais lutamos contra a natureza própria das coisas, ainda mais
derrotados ficamos, da mesma exacta maneira como, séculos
atrás, os deuses inclementemente castigavam quem ousasse
desafiar a harmonia das esferas celestes, outra forma de dizer 
os céus e toda a sua corte de decretos, determinismos, sortes.

de quem desafia o cosmos, dizem, os deuses não têm piedade.
e eis como, num livro que tropeçou nos meus olhos, encontrei
a mais certeira explicação para todos os males - ou quase, que
há sempre ambulâncias a passar, na londres do nosso tio larkin
como na lisboa de brincar em que, muito a sério, te escrevo as
sombrias, mas não menos verdadeiras, linhas que acabaste de
ler, querido leitor meu. outra forma de dizer que não estou só.

gi.

Sem comentários:

Acerca de mim

Arquivo do blogue