27 setembro 2016

Duas Últimas

Para desespero de alguns, regresso à música clássica - aquela que é triste (neste caso não totalmente), e que deprime os já de si corações contristados.

Queixo-me amargamente do calor, para desespero de quem me ouve e que me apoda de marreta. O facto é que há calor quase ininterrupto desde Junho. Embora o Outono já tenha chegado legalmente, o facto é que, para além de uma chuva miúda no sábado já de madrugada, o calor não nos larga. Pelas bandas de minha casa o vendaval é enervante e frio - sim, gosto de frio mas não de vento - requerendo janelas fechadas.

Tenho saudades do Outono fresco, com dias curtos, talvez mesmo alguma humidade e nevoeiro e não, não sou um homem deprimido. Como me relembrava uma amiga neste fim de semana, o Outono convida ao recolhimento. De facto, esta estação suscita um movimento para dentro, enquanto que o Verão e Primavera são o oposto. Talvez me faça falta isso, e tudo o que lhe vem agarrado: o silêncio, os dias mais tranquilos, o retomar de algumas rotinas, o encanto da lareira.

Deixo-vos com uma parte de um  quarteto de cordas de Borodin acompanhado por fotografias outonais.

JdB 


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