Muito se disse e falou do Salvador Sobral nos últimos dias. Talvez se tenha falado demais, não só para mim, que sou mais recatado nestas coisas, mas também para o cantor em questão, que não terá gostado de tanta exposição e mediatização. Não tiro o mérito, o grande mérito, ao Salvador que interpretou muito bem uma música muito bonita com uma letra pouco mais que engraçada. Mas ver o Parlamento em pé a aplaudir os dois irmãos parece-me excessivo. Talvez seja por ganharmos tão pouco, ou sermos tão pouco relevantes no quadro internacional, que uma vitória, qualquer que ela seja, se transforma numa gesta histórica e que exacerba um nacionalismo momentâneo que contrapõe uma maledicência quase endémica.
Apesar de um claro exagero com que se falou do cantor e da irmã - ficámos a saber tudo, só desconhecemos os gostos pessoais em termos de comida - esta música redimiu-me com a Eurovisão. De facto, há muitos muitos anos que não via o concurso que juntava a minha geração de volta de um televisor e de uma aposta. Tanto assim é que ainda me lembro de muitas músicas - até ao final dos anos 70, talvez... - que ganharam a versão nacional ou europeia. Agora vi, enervei-me, achei que o Salvador ia ganhar, depois ia perder, depois ia ganhar...
Apesar de um claro exagero com que se falou do cantor e da irmã - ficámos a saber tudo, só desconhecemos os gostos pessoais em termos de comida - esta música redimiu-me com a Eurovisão. De facto, há muitos muitos anos que não via o concurso que juntava a minha geração de volta de um televisor e de uma aposta. Tanto assim é que ainda me lembro de muitas músicas - até ao final dos anos 70, talvez... - que ganharam a versão nacional ou europeia. Agora vi, enervei-me, achei que o Salvador ia ganhar, depois ia perder, depois ia ganhar...
Deixo-vos com Salvador Sobral a cantar Fernando Pessoa. A música começa aos 3'15", mais coisa menos coisa.
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