Dia de curiosidades:
- Estou numa conferência (à margem da World Health Assembly) onde só estão estrangeiros. As duas primeiras pessoas que conheço são brasileiras. Qual a probabilidade de, numa reunião onde estão 60 pessoas, me cruzar com dois brasileiros no espaço de 5 minutos (e nem sequer estavam juntos...)
- Recebo uma chamada de um telefone que não conheço. Do lado de lá, um cavalheiro pergunta-me, antes sequer de se ter apresentado: o senhor foi alferes em Abrantes, em 1981? Respondo que sim, ao que me diz o cavalheiro, com um ar que intuo divertido: então está a dever-me dinheiro por tantas vezes que me mandou encher [jargão militar para 'fazer flexões'] na recruta. Perguntei-lhe o nome, por amabilidade, e percebi - o que seria mais do que natural - que não fazia a mais leve ideia de quem ele era, nem de quem seriam os outros recrutas. Já lá vão 44 anos... Percebi que estavam a organizar almoços de encontro de recrutas / aspirantes da altura. Não conhecerei ninguém, nem sei como chegaram ao meu telefone. Prevê-se um almoço para depois do Verão...
- Meto-me num Uber e reparo que o motorista - um cavalheiro na casa dos 50 e muitos - usa luvas para guiar, o que me parece fora do vulgar. Paramos num semáforo, e o carro da frente tarda em arrancar quando cai o sinal verde. O "meu" motorista começa a buzinar e eu tenho uma sensação de um déjá vue. Antes de perceber o que quer que seja, o cavalheiro das luvas vocifera entre-dentes mas audível: ‘f@^*#’. Era português de Belas e a mulher é de Viseu, onde têm um apartamento e uma vivenda. Falamos de chanfana e da terra da mulher e ele informa: onde se come bem aqui é na casa do Benfica. Há bacalhau, feijoada e vários outros pratos. Paga-se x francos e é tudo à gô-gô (que, presumo, signifique à discrição). E disse ainda à amiga filipina com quem eu estava no carro: há um português em todos os lugares do mundo; só não há na lua porque não há nada para limpar...
JdB
Sem comentários:
Enviar um comentário