Uma coisa tenho verificado: Deus normalmente torna as pessoas mais doces e suaves.
Li e retive esta frase, escrita já no fim de uma carta que recebi de um bom Amigo. Por motivos que não vêm ao caso, na véspera e nos dias seguintes conversara com várias pessoas sobre santidade, fé, Igreja, a diferença entre fazermo-nos pequeninos ou remetermo-nos à insignificância, o valor do serviço ao próximo quando não temos vontade, etc. Este estabelecimento foi espaço, também, de publicação de textos alusivos, com especial relevância para o do Pe. Tolentino Mendonça.
Acredito genuinamente na frase que encima este post, mesmo que outros encontrem a doçura e a suavidade não tendo qualquer espécie de fé, nem uma prática religiosa. Acredito, também, que Deus nos quer pequeninos, mas não insignificantes. Numa homilia particularmente inspirada no domingo passado, o prior de Santo António do Estoril contou uma história. Aos pés do altar, vários miúdos ocupavam o espaço ao lado dele. A Matilde, muito pequena e que tinha sido chamada para ilustrar uma passagem do evangelho, ainda arranjou um espaço - exactamente por ser pequena. A conclusão era esta: quando nos fazemos pequenos cabemos entre os outros; quando nos fazemos pequenos abrimos espaço para os outros.
O orgulho, a vaidade, a conflitualidade, o rancor, a intolerância, a mesquinhez ou a prepotência são características volumosas. Não nos fazem grandes, tornam-nos apenas inchados. É esse inchaço que não abre espaço para o outro, é esse inchaço que nos impede de caber no outro. Cristo desafia-nos a ser pequenos, não nos condena a ser menores. Cristo exorta-nos a amar e a servir o próximo, a utilizar os nossos talentos para um bem comum. É isso, também, que significa sermos pequenos. Quando percebemos isso e o pomos em prática estamos, de facto, a ficar mais suaves e mais doces. Deus entrou na nossa vida - e fez a diferença.
Um bom dia para todos, porque hoje é domingo e eu não esqueço a minha condição de católico.
JdB
O orgulho, a vaidade, a conflitualidade, o rancor, a intolerância, a mesquinhez ou a prepotência são características volumosas. Não nos fazem grandes, tornam-nos apenas inchados. É esse inchaço que não abre espaço para o outro, é esse inchaço que nos impede de caber no outro. Cristo desafia-nos a ser pequenos, não nos condena a ser menores. Cristo exorta-nos a amar e a servir o próximo, a utilizar os nossos talentos para um bem comum. É isso, também, que significa sermos pequenos. Quando percebemos isso e o pomos em prática estamos, de facto, a ficar mais suaves e mais doces. Deus entrou na nossa vida - e fez a diferença.
Um bom dia para todos, porque hoje é domingo e eu não esqueço a minha condição de católico.
JdB
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EVANGELHO – Mc
9,38-43.45-47-48
Evangelho de Nosso Senhor
Jesus Cristo segundo São Marcos
Naquele tempo,
João disse a Jesus:
«Mestre,
nós vimos um homem a
expulsar os demónios em teu nome
e procurámos impedir-lho,
porque ele não anda connosco».
Jesus respondeu:
«Não o proibais;
porque ninguém pode fazer
um milagre em meu nome
e depois dizer mal de
Mim.
Quem não é contra nós é
por nós.
Quem vos der a beber um
copo de água, por serdes de Cristo,
em verdade vos digo que
não perderá a sua recompensa.
Se alguém escandalizar
algum destes pequeninos
que crêem em Mim,
melhor seria para ele que
lhe atassem ao pescoço
uma dessas mós movidas
pró um jumento
e o lançassem ao mar.
Se a tua mão é para ti
ocasião de escândalo, corta-a;
porque é melhor entrar
mutilado na vida
do que ter as duas mãos e
ir para a Geena,
para esse fogo que não se
apaga.
E se o teu pé é para ti
ocasião de escândalo, corta-o;
porque é melhor entrar
coxo na vida
do que ter os dois pés e
ser lançado na Geena.
E se um dos teus olhos é
para ti ocasião de escândalo,
deita-o fora;
porque é melhor entrar no
reino de Deus só com um dos olhos
do que ter os dois olhos
e ser lançado na Geena,
onde o verme não morre e
o fogo não se apaga».
3 comentários:
Muito, muito bonito o seu comentário. Gostei imenso. pcp
Obrigada João,
Foi bom ter-nos lembrado a nossa melhor condição.
Beijinhos
João,
Excelente e inspirada reflexão!
Obg
fq
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