"O Homem une-se ao Divino em momentos de Razão e Beleza"
Ao ler a noticia de
que a União Europeia mandara retirar moedas de dois euros emitidas pela
Eslováquia, por apresentarem a Cruz Cristã
Eslava, veio-me à cabeça aquilo que há muito suspeitava: a U.E. está a
ser governada por gente descrente, de politica e moral duvidosas, tendo como
primeiro objectivo acomodar o futuro!
As moedas foram
emitidas para comemorar os 1150 anos dos irmãos São Cirilo e São Metódio,
evangelizadores dos povos eslavos, criadores do alfabeto "cirílico",
que por Breve do Papa João Paulo II, para acompanhar S. Bento, foram nomeados
patronos da Europa.
Ao que julgo, vários Países já antes tinham mandado
retirar crucifixos das Escolas!!
Razão tinha o
escritor dissidente soviético Vladimir Bukovsky quando, alarmado, escreve: "Eu já vivi o Vosso
Futuro", dizendo: "É
surpreendente que após se ter
enterrado um monstro, a União
Soviética, se tenha construído outro
semelhante, a União Europeia"!
A democracia vigente na Europa, que mais parece
uma ditadura económica, por medo,
cobardia ou falta de senso, facilmente cede às exigências politicas e
religiosas de minorias intolerantes, acabadas de chegar!
A igreja, tendo
como símbolo a Cruz, com a sua Cultura Cristã foi um dos principais alicerces na construção
da nova Europa. Perseguida e ameaçada por tiranos e trapaceiros, sempre
sobreviveu graças à força da Verdade.
Com origem no Egipto, faraó Akenaton (1358-1430
a.C.), o monoteísmo praticado pela religião hebraica só é universalmente aceite com a chegada do
Cristianismo.
A Grécia Antiga,
entroncamento de culturas, deu à Europa a
Arte, o Saber e o talento de Pensar. O
Império Romano deu a Lei e a Ordem, hoje por conveniência esquecidas! A
Igreja Cristã deu a Moral, ensinou a diferenciar o Bem do Mal!
A Cruz, situada no centro místico do Cosmos,
simboliza o eixo do mundo, é a escada de acesso das almas a Deus, estabelece a
relação primária entre os Mundos Terrestre e Celeste.
O braço horizontal corresponde ao mundo da manifestação, da
revelação, o braço vertical ao mundo da transcendência, da evolução espiritual.
Na "Cidade de
Deus", ao falar da Filosofia Antiga, Santo Agostinho (354-430), Bispo de Hipona
(Argélia) diz que o pensamento de Platão (428-347 a.C.) muito influenciou a
Cultura Cristã, vendo em Platão e no neoplatonismo um "Cristianismo
potencial"!
Segundo o Evangelho
de S. João, "Jesus Cristo é o Logos feito carne". Ora, os filósofos
gregos ao buscarem o Logos buscaram Jesus Cristo. S. Justino, filósofo e
mártir, nascido na Samaria no século II, afirma que estes filósofos gregos são
"cristãos antes de Cristo"!
Cosmologicamente,
Platão (428-347 a.C.) no "Timeu" faz a distinção entre o Mundo das
Ideias (ser eterno que nunca teve nascimento) e o Mundo Sensível (ser que nasce
e que nunca existe) e tenta explicar a Cosmogonia (nascimento do Universo). Seguindo o modelo das Ideias Eternas, o
"demiurgo", artífice divino, ordenou a matéria primordial e quis que tudo ficasse belo. O Cosmos criado
pelo "demiurgo" é um ser vivo, gigantesco e eterno, que envolve todos
os seres vivos mortais visíveis.
Para Platão, as
realidades concretas do mundo dito sensível são sombras das ideias que existem
no mundo inteligível, mundo que o cristianismo interpreta como Paraíso Bíblico.
A concepção de
Corpo e Alma diferenciados aparece com Homero (século VIII a.C.?).
O verdadeiro homem era
a corporeidade visível, a psyché era a
sombra da imagem do morto que escapa com
o último alento. Platão no "Fédon" irá dizer precisamente o contrário!
O Orfismo fala da
presença no homem de algo divino imortal, dualidade corpo-alma.
Heraclito,
Pitágoras (século VI a.C.) e Sócrates filosofaram sobre a imortalidade da Alma.
Mas foi, sem dúvida, Platão quem melhor
tratou e aprofundou tão delicado assunto: Procurar a imortalidade da Alma,
buscar a Alma do Mundo!
Crentes na
existência de DEUS, podemos afirmar que a destruição da Igreja Cristã, equivale a aniquilar a Civilização Ocidental, a
restabelecer a anarquia e o caos.
"O Bem é a Ideia suprema e
soberana, origem de todas as outras".
FMCN (1 de Dezembro de 2012)
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