Naquele tempo,
Jesus foi conduzido pelo Espírito ao deserto,
a fim de ser tentado pelo Demónio.
Jejuou quarenta dias e quarenta noites
e, por fim, teve fome.
O tentador aproximou-se e disse-lhe:
«Se és Filho de Deus,
diz a estas pedras que se transformem em pães».
Jesus respondeu-lhe:
«Está escrito: ‘Nem só de pão vive o homem,
mas de toda a palavra que sai da boca de Deus’».
Então o Demónio conduziu-O à cidade santa,
levou-O ao pináculo do templo e disse-Lhe:
«Se és Filho de Deus,
lança-Te daqui abaixo, pois está escrito:
‘Deus mandará aos seus Anjos que te recebam nas suas mãos,
para que não tropeces em alguma pedra’».
Respondeu-lhe Jesus:
«Também está escrito: ‘Não tentarás o Senhor teu Deus’».
De novo o Demónio O levou consigo a um monte muito alto,
mostrou-Lhe todos os reinos do mundo e a sua glória,
e disse-Lhe:
«Tudo isto Te darei,
se, prostrado, me adorares».
Respondeu-lhe Jesus:
«Vai-te, Satanás, porque está escrito:
‘Adorarás o Senhor teu Deus e só a Ele prestarás culto’».
Então o Demónio deixou-O
e logo os Anjos se aproximaram e serviram Jesus.
***
O Domingo das Tentações
Quais são as nossas verdadeiras opções?
Escolhemos Deus ou escolhemos as coisas? É de Deus que temos a verdadeira fome.
Um cristão tem de ser sempre um sinal que recorda isto. Não são as coisas que
nos saciam. Precisamente por isso, a Quaresma incentiva-nos à oração, a
aprofundar a relação com Deus e a ligação com Ele pelo jejum, a esmola e a
partilha dos bens. Somos sempre tentados a voltar atrás.., a esquecermo-nos de
Deus, a trocá-l’ O por ídolos… todos os dias.
D. Manuel Clemente (2013), O Evangelho e a vida. Cascais: Lucerna.
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