O meu último post
foi sobre as fases da Lua. Só mais tarde tive conhecimento deste vídeo lindíssimo
da NASA. Aqui fica com um pouco de atraso.
Neptuno e Peixes
No próximo dia 20 estarei em Portugal e tenho falado mais vezes com amigos
e amigas para combinar encontros, reuniões, consultas. Uma delas disse a
propósito da crise “Sente-se um
sentimento geral de desalento”… Desalento … palavra 100% neptuniana.
Neptuno, o planeta que rege o signo de Peixes, tem uma órbita de 165 anos,
passando cerca de 14 anos em cada signo. Neptuno entrou definitivamente no
signo de Peixes no dia 3 de Fevereiro passado, e aí ficará até fim de 2025. Quando
um planeta lento transita pelo seu signo regente, o mundo recebe uma dose dupla
dessa energia.
Portugal está muito ligado à energia Neptuniana. A nossa história, os
nossos mitos, a nossa música e as características do nosso povo confirmam esta afirmação, apesar da carta do nascimento de Portugal ser especulativa.
Todas as energias astrológicas podem ser expressas de uma forma positiva ou
negativa. Armar-se em vítima, a depressão,
a fuga à realidade, render-se, escapar para o mundo virtual ou refugiar-se na
droga são algumas das manifestações negativas de Neptuno / Peixes.
A noção de dissolução de limites, de que as coisas se
podem espalhar sem controlo, põem a imaginação, o inconsciente colectivo com os
seus mitos assim como as doenças transmissíveis e www (world wide web) dentro
do âmbito Neptuniano. Aqui encontramos também a procura do divino, transcender
a nossa condição de mortais, o amor infinito, a música, a arte. Os oceanos, os santuários,
os bares com as suas bebidas e hospitais são alguns dos locais ligados a esta
energia. Os sonhadores, os poetas, os místicos, os salvadores, mas também os
fraudulentos e os fracos, são personagens deste arquétipo.
Uma vez que durante os próximos 14 anos Portugal vai apanhar
com uma dose dupla de si próprio, vou dar algumas sugestões de como usar esta energia
de forma positiva.
O que se passou nas épocas anteriores em que Neptuno esteve em Peixe dá
pistas. A lista não é exaustiva, escolhi só algumas áreas:
Na saúde:
1192- 1207 O álcool
é usado pela primeira vez para fins medicinais.
1356-1370 A gripe
é identificada como doença.
1520-1534 Paracelso
inventa o láudano, uma tintura de ópio usada até ao séc. XX.
1684-1697 Anton van Leeuwenhoek observa
a bactéria.
1847-1862 Louis Pasteur descobre que os germes são a
causa das doenças e, ao mesmo tempo, Florence Nightingale introduz noções de higiene
nos hospitais da guerra da Crimeia. Também nesta época é extraída, pela primeira, vez a cocaína pura.
Na literatura, musica, mitologia e
superstição:
1192
– 1207
·
Aparece “Elder Edda” colectânea de mitologia escandinava
que deu origem aos deuses nórdicos e que inspirou o Senhor dos Anéis.
·
Em França, Robert de Boron escreve “Roman de Merlin”, o mago ainda anda na
cultura actual.
·
Wolfram von Eschenbach escreve “Parzifal”, poema épico sobre a procura do Holy Grail.
1356-1370
· Petrarca escreve “Il Canzoniere”, influenciando
a poesia amorosa durante séculos.
· É inventado o instrumento que deu origem
ao piano.
1520-1534
· Fernão de Magalhães inicia sua circum-navegação:
a Terra não tem principio nem fim… é global.
· Outro fenómeno global: a publicação da bíblia
poliglota pela Universidade de Alcalá.
·
Um cometa, que mais tarde é baptizado Halley levanta uma
onda de superstição.
1684-1697
·
Newton e Halley estudam o cometa conhecido pelo nome
deste último.
·
La Fontaine publica as suas fábulas.
·
Nasce J.S. Bach.
1847-1862
·
Fundação Bach Gesellchaff publica as obras completas de
J.S. Bach.
·
Wagner completa “Der Ring des Nibelungen” inspirado pelas
lendas nórdicas escritas no ciclo Neptuno Peixes de 1192-1207.
·
Verdi está em plena produção.
·
Chopin, o grande romântico morre, sucedido por Liszt.
·
Melville publica Moby Dick, a baleia que se tornou um
mito.
.
Em Portugal
·
Almeida Garrett, expoente do Romantismo, escreve Folhas Caídas, obra-prima no género.
·
O fado, a nossa canção absolutamente Neptuniana, surge em
Lisboa por volta desta época.
Em face de tudo isto aqui fica o meu conselho para os
Portugueses aproveitarem ao máximo a estadia de Neptuno em Peixes: Não entrem
na histeria colectiva do “2012”, não fujam da realidade para o mundo virtual,
mas não percam os sonhos: encontrar a cura para o cancro, fazer descobertas
submarinas, difundir o fado, que é a nossa herança, pelo mundo, escrever, fazer
musica, ter imaginação, inspirar gerações futuras. Usar a internet para promover
o nosso vinho, o nosso azeite. Aqui ou no estrangeiro, conforme sugestão tão
criticada de Passos Coelho, tanto faz, porque a Terra desde Fernão de Magalhães
que não tem fronteiras.
Luiza Azancot
1 comentário:
Precisamos de discursos optimista e que nos indiquem caminhos saudáveis.
Belíssima análise.
Mas caramba, nesta altura dava mais jeito um planeta de energia, de crescimento, de iniciativa e inovação.
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