Naquele tempo,
Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e João seu irmão
e levou-os, em particular, a um alto monte
e transfigurou-Se diante deles:
o seu rosto ficou resplandecente como o sol
e as suas vestes tornaram-se brancas como a luz.
E apareceram Moisés e Elias a falar com Ele.
Pedro disse a Jesus:
«Senhor, como é bom estarmos aqui!
Se quiseres, farei aqui três tendas:
uma para Ti, outra para Moisés e outra para Elias».
Ainda ele falava,
quando uma nuvem luminosa os cobriu com a sua sombra
e da nuvem uma voz dizia:
«Este é o meu Filho muito amado,
no qual pus toda a minha complacência.
Escutai-O».
Ao ouvirem estas palavras,
os discípulos caíram de rosto por terra e assustaram-se muito.
Então Jesus aproximou-se e, tocando-os, disse:
«Levantai-vos e não temais».
Erguendo os olhos, eles não viram mais ninguém, senão Jesus.
Ao descerem do monte, Jesus deu-lhes esta ordem:
«Não conteis a ninguém esta visão,
até o Filho do homem ressuscitar dos mortos».
***
A Transfiguração
Nesta passagem do Evangelho de Mateus, o
que nos é significado por esta subida ao monte é que, com Jesus, nós podemos
elevar-nos e muito. Na intimidade com Jesus, nós vamos o mais alto que podemos ir,
mais alto que o próprio monte Tabor onde Jesus se transfigurou. A elevação com Jesus
não é apenas nem sobretudo uma questão de geografia: Jesus leva-nos onde está
Deus! Santo Agostinho, que nasceu no século IV, dizia que Jesus, presente no
mais íntimo da minha intimidade, está mais alto que a minha maior elevação. E é
aí, ao mais íntimo de nós mesmos, que Jesus nos conduz num movimento
ascendente; é aí, no mais íntimo de nós mesmos, que encontramos Deus, a verdade
absoluta que Jesus nos eleva.
D. Manuel Clemente (2013), O evangelho e a vida. Cascais: Lucerna,
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2 comentários:
Uma amiga deixou-me no meu e-mail, e lembrei-me de si.
http://www.vatican.va/auguri-francesco/pont_2014/po/index.html#37/z
abraço,
a.
Obrigado. Por isto, pela visita e pelos seus valiosos comentários.
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