@ Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
Quando se aproximaram de
Jerusalém
e chegaram a Betfagé, junto ao
monte das Oliveiras,
Jesus enviou dois discípulos,
dizendo-lhes:
«Ide à povoação que está em
frente
e encontrareis uma jumenta
presa e, com ela, um jumentinho.
Soltai-os e trazei-mos.
E se alguém vos disser alguma
coisa,
respondei que o Senhor precisa
deles,
mas não tardará em
devolvê-los».
Isto sucedeu para se cumprir o
que o Profeta tinha anunciado:
«Dizei à filha de Sião:
‘Eis o teu Rei, que vem ao teu
encontro,
humildemente montado num
jumentinho,
filho de uma jumenta’».
Os discípulos partiram e
fizeram como Jesus lhes ordenara:
trouxeram a jumenta e o
jumentinho,
puseram-lhes em cima as suas
capas,
e Jesus sentou-Se sobre elas.
Numerosa multidão estendia as
capas no caminho;
outros cortavam ramos de árvores e espalhavam-nos
pelo chão.
E, tanto as multidões que vinham à frente de Jesus
como as que O seguiam,
diziam em altos brados:
«Hossana ao Filho de David!
Bendito O que vem em nome do
Senhor!
Hossana nas alturas!».
Quando Jesus entrou em
Jerusalém,
toda a cidade ficou em
alvoroço.
«Quem é Ele?» – perguntavam.
E a multidão respondia:
«É Jesus, o profeta de Nazaré
da Galileia».
***
A
Páscoa em nossa casa
Jesus vai entrar em Jerusalém e manda um
discípulo ter com alguém com esta ordem, que é mais do que uma indicação: “É em
tua casa que Eu quero celebrar a Páscoa com os meus discípulos”.
Assim, através deste Evangelho, neste princípio
da Semana Santa, o Senhor está-nos a dizer que quer celebrar estes dias em
nossa casa – no nosso ambiente (no espaço onde vivemos e convivemos com as
pessoas que nos são mais próximas), mas também e mais profundamente na casa do
nosso coração. E o que nos exige? Como é que o Senhor Jesus quer passar a
Páscoa com cada um de nós? Nos sinais da sua presença! Por exemplo, a sua
Palavra. Receber a Palavra de Jesus, acolhê-la em nós, lê-la, ouvi-la nas celebrações
e guardá-la no nosso coração e na memória é receber Jesus em nossa casa.
Depois, podemos acolher Jesus nos sinais
sacramentais: no sacramento da Penitência ou Reconciliação (a Confissão); na
comunhão eucarística. No sacramento da Baptismo, porque todos nós na Páscoa renovamos
o nosso Baptismo. Temos de renovar essa pertença a Jesus, essa habitação do
Espírito em nós. Finalmente, podemos acolher Jesus na caridade. Jesus não adia
o seu encontro connosco; Ele vai entregar-se inteiramente nestes dias e, por
isso, quer que Lhe patenteemos verdadeiramente as portas da nossa casa.
Então abramos o nosso coração para termos a
Semana Santa, a semana preenchida de Deus… Deus está à nossa porta e bate!
D.
Manuel Clemente (2013), O Evangelho e a
vida. Conversas na rádio no dia do Senhor. Cascais: Lucerna, 97-99.
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