Da minha sequência de posts sobre a viagem a Washington falei brevemente sobre a viagem de avião. Não há muito a dizer, a não ser recorrer a adjectivos / advérbios / expressões do tipo: apertado, desconfortável, dores no cóccix, comer com a tigela junto à boca, interminável, inumano, humilhante, francês. De facto, o avião é um meio de transporte onde o conforto reside na executiva, porque na económica tudo é mau.
De Paris para Washington viajei na coxia. À minha frente um americano volumoso e mal encarado usou de um direito: reclinar a cadeira sem um mínimo de consideração por quem ia atrás. Resultado: não consegui ler, abrir o computador, escrever. Oito-horas-oito a ver filmes, a gemer, a abanar a cadeira do americano que não reagiu.
Vi o filme-biografia de Elis Regina. Pouco conhecia dela, a não ser a música, a filha e o fim trágico. Tudo o resto - o começo, os casamentos, a infelicidade, os excessos, as críticas, a política, tudo o resto, dizia, era uma massa informe de informações vagas. Gostei de ver e de ouvir.
Deixo-vos com Elis Regina, numa música particularmente bonita, tornada conhecida em Portugal por causa de uma novela - O Casarão, parece-me. E Elis Regina só passou pelo estabelecimento uma vez, há quatro anos, pelo que era altura de repetir.
Em podendo vejam o filme que há pouco tempo passava num cinema perto de si.
JdB
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