07 outubro 2019

Do meu cão e das eleições

Momento 1: o  meu cão antes das primeiras projecções

Momento 2: o meu cão ao ouvir as primeiras projecções

As fotografias acima reflectem de forma inequívoca a atitude do meu cão - um setter inglês com 4 anos - face às eleições de ontem. Embora não pareça claro, se o mundo fosse justo e desenhado segundo o modelo do PAN, o meu cão teria direito a voto. Para além de poder vir a ter um Serviço Nacional de Saúde, de valer mais do que um ser humano em coma, o meu cão teria direito a voto, que seria exercido segundo moldes a definir em sede própria, ou seja, uma comissão adequada para o efeito. 

Volto ao dia de ontem: num primeiro momento, o meu cão - um setter inglês com 4 anos, repito - está espojado numa almofada que o protege do frio do lajedo. A postura física é um misto de abandalhamento, desinteresse e despudor. Eram 19h59 minutos. Depois, 1 singelo minuto depois, na mesma almofada que o protege do frio do lajedo, ouve as projecções e a sua atitude torna-se mais digna, mais interessada, mais expectante. Não há alegria nele - apenas um movimento de corpo, um rodar da cabeça na direcção do parlamento. Afinal, o CDS, um partido que defende a vida e as pessoas, está em risco de disputar o eleitorado com um partido que defende um vegetarianismo que não saberia qualificar e o direito dos animais a entrar em restaurantes e estabelecimentos similares.

O meu cão está feliz, o que é uma ironia. Ou será um sinal, o que também é uma ironia. Portugal, mais do que ser nevoeiro, tornou-se um lugar perigoso, que requer atenção. 

JdB

2 comentários:

Anónimo disse...

Vamos lá esperar, sentados, para ver o que o porco preto elabora com os do PAN: os da afición das Marias.

ACC disse...

O seu cão pode também ter ficado curioso!
Que raio de espécie animal é esta que domestica outros animais para usufruir da incondicionalidade dos afectos e que não consegue criar laços na sua própria espécie?

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