As Olimpíadas
Sou uma fã
incondicional dos Jogos Olímpicos e estes de Londres, que começaram dia 27 de
Julho e vão acabar a 12 de Agosto, trazem um elemento suplementar ao prazer de
ver os melhores atletas do mundo competir: ALIVIO… das notícias da crise, da
mortandade na Síria, do desemprego em Espanha, dos lucros dos bancos em queda,
do assassino louco dos Estados Unidos que metralhou 70 pessoas num cinema…
O momento em
que vivemos, e que se prolongará por mais tempo, é dominado astrologicamente por
uma conjuntura que liga duas energias pesadas e revolucionarias simbolizadas
por Plutão e Úrano. Energias necessárias para lançar um novo paradigma … mas
muito cansativas.
O espírito olímpico
é dominado por Júpiter. O maior planeta do sistema solar representa a
capacidade de acreditar em si próprio e na possibilidade de um mundo melhor. É
uma energia optimista, ao contrário da de Saturno que tende para o
pessimismo.
Conta a lenda
que Hércules, uma vez tendo acabado os seus 12 trabalhos, construiu o primeiro
estádio olímpico em honra de Zeus, o rei dos deuses do Monte Olimpo. Zeus na
mitologia romana passa a chamar-se Júpiter, mas as características que lhe são
associados são as mesmas. O moto olímpico “Citius,
Altius, Fortius” (mais depressa, mais alto, mais forte) é a expressão
perfeita da necessidade jupiteriana de expansão, de ir mais longe, de nos
ultrapassarmos, de procurar a luz ao fundo do túnel, o que, no caso dos atletas, quer dizer quebrar a o record com o olho na medalha de ouro.
Os primeiros
jogos realizaram-se na Grécia entre os séculos VIII e o IV AC. Nessa altura as
cidades- estados paravam de guerrear e dedicavam-se a competir com “fair play”.
Hoje em dia
já não falamos de deuses, mas o Júpiter como arquétipo está presente nas nossas
cartas do céu e na nossa personalidade. Por isso, fui com curiosidade astrológica
investigar a data de nascimento do Barão Pierre de Coubertin, impulsionador dos
Jogos Olímpicos da era moderna. Ele nasceu em Paris a 1 de Janeiro de 1863 e a
sua infância foi marcada pela guerra Franco-Prussiana e pela Comuna de Paris. O
Júpiter natal de Coubertin está em Balança, o que é o símbolo perfeito para uma
pessoa que acreditou (Júpiter) na possibilidade de paz entre nações (Balança).
Júpiter faz um ângulo de 180º com Marte em Carneiro, pelo que Coubertin
conciliou as suas convicções sobre a paz internacional com a competição (Marte)
individual (Carneiro).
Os Jogos Olímpicos
não apareceram de um momento para o outro. Coubertin, com o seu poder organizativo
simbolizado por Sol, Mercúrio e Vénus em Capricórnio, fundou primeiro o Comité Olímpico
Internacional em 1894 em Lausanne. Esse Comité implementou os primeiros Jogos Olímpicos
da era moderna dois anos depois em Atenas. Na carta da fundação do Comité Olímpico
Internacional Júpiter está em Gémeos, e não posso deixar de exclamar “grande (Júpiter), ideia (Gémeos) ”!
Júpiter tem uma órbita de 12 anos, pelo que passa aproximadamente um ano em cada signo.
Desde o dia 11 de Junho que está novamente em Gémeos, onde permanecerá até 25 de
Junho de 2013.
Desejo a todos
que gozem o alivio proporcionado pelo Jogos Olímpicos, a beleza do espectáculo
de algumas competições e a emoção de ver quem vai ganhar mas, como a crise não
se vai embora, as guerras e as mortes não vão acabar, proponho que, inspirados
pelos atletas e por Júpiter em Gémeos, acreditem que é possível quebrar as
barreiras físicas, politicas e económicas que nos mantêm manietados. Toca a ter
grandes ideias de como o fazer, aproveitando a estadia de Júpiter em Gémeos!
Luiza Azancot
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