20 agosto 2012

Fórmula para o caos


Karl Marx

O Maior representante do Socialismo científico foi Karl Marx. Alemão com ascendência judaica, por parte do Pai, nasceu na cidade germânica de Trier em 1918, e morreu em Londres em 1883. Iniciou o percurso académico na Universidade de Bona, onde se licenciou em Filosofia e História, tendo feito o doutoramento em Filosofia na Universidade de Iena. Apesar de não ter frequentado qualquer especialidade académica na área, era também um profundo conhecedor de Economia, e um dos primeiros grandes críticos da Economia política vigente até à sua época. 

A deriva revolucionária que, desde cedo, foi empregue por Karl Marx, causou-lhe inúmero problemas e contratempos durante a o período em que viveu na sua pátria Alemanha. Desde logo, e face à sociedade profundamente conservadora e de cariz reaccionária, a carreira como professor universitário foi impedida pelas altas esferas do poder alemão. Obviamente que um revolucionário, ou radical de esquerda, não teria qualquer hipótese de ocupar alguma cargo que, de certo modo, poderia influenciar um número significativo de massas no império, se bem que vastamente divido e desarticulado, que se situava no centro e norte do continente europeu.

Falhada a tentativa de ser docente, envergou pela carreira de jornalista, mas o radicalismo dos seus textos e artigos provocou, em 1843, a expulsão da Alemanha. Teve curtas passagens por Bruxelas e Parias, contudo, e vagamente pelos mesmos motivos, também a presença de Marx era indesejada pelos governos Franceses e Belga, acabou por fixar a sua residência em Londres a partir de 1948 onde, aliás, acabou por desenvolver e materializar toda a sua doutrina até ao fim dos seus dias.
Toda a retórica que influenciou a vida e obra de Karl Marx pode ser colocado em dois pontos. No plano dos factos e no plano das ideias.

No plano dos factos: a reacção contra a condição social miserável em que vivia a classe proletária no século XIX, e o valente impacto da ascensão política devido à conquista do direito de votar, livre e universalmente.

No plano das ideias: a influência do cientismo e do evolucionismo, com Darwin, do positivismo com Augusto Comte, da escola clássica inglesa de economistas com Malthus e Ricardo, do Socialismo idealista com Saint-Simon e Sismondi, do historicismo com Hegel, da conjugação do materialismo com a dialéctica (talvez a mais relevante de todos o pensamento de Marx), com Feuerbach, e do estatismo tradicional alemão com Fichte e Hegel.

Pedro Castelo Branco

1 comentário:

Ana CC disse...

Talvez valha a pena repescar alguns dos seus pensamentos. Nesta altura de crise e do questionamento do capitalismo de rapa o tacho, talvez seja bom reler Marx. Se expurgarmos a visão conflituosa da oposição entre o trabalho e o capital e se pensarmos que o homem é ele mesmo o construtor do seu próprio drama, talvez possamos perceber quão facilmente a estrutura se abate sobre nós e quão facilmente nos deixamos dominar.

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