07 outubro 2012

Domingo …… Se Fores à Missa!


O Evangelho de hoje fala-nos de casamento e adultério. Temas “quentes” da nossa sociedade e dos nossos tempos.

Penso que seja pacífico para todos nós, católicos ou não, que o adultério não é correcto, não devia acontecer; se, de facto, existe amor entre duas pessoas, não deveria haver espaço emocional mas que acontecesse adultério; mas o facto é que ele acontece todos os dias e, muitas vezes, em casais que, à priori, nunca pensaríamos tal ser possível. 

Há quem faça disso o seu ‘modus vivendus’, praticando adultério a seu bel-prazer; há quem o faça ocasionalmente, quando surge uma oportunidade; poderão outros cometê-lo, pontualmente, numa situação de fragilidade; outros, por uma questão de vingança; e outros por qualquer outra razão que o coração desconhece;  mas também há quem nunca o faça, apesar de ter tido a oportunidade, a situação de fragilidade ou a vontade da vingança.  Poderíamos pensar  que se trata de uma injustiça divina? O que move uma pessoa a resistir à tentação do adultério e outra a cair nela? A sua formação moral? O meio onde vive? A sua própria personalidade? Considero o adultério, mais do que um acto social e moralmente condenável, um acto de desamor para com o/a parceiro/a [não me soa nada bem esta expressão, mas mudam-se os tempos, mudam-se as expressões … marido, companheiro, parceiro… ].

A fidelidade continua a ser a base mais sólida para o sucesso de um casamento; sem fidelidade, não há estabilidade, confiança, respeito, segurança, alicerçamento. A fidelidade é, ao mesmo tempo,  causa e consequência do amor e do respeito pelo outro. A fidelidade, ou melhor, a falta dela é o primeiro sintoma de um diagnóstico que não se prevê nada bom. 

Nunca entendi muito bem a razão pela qual, antigamente, era normal e aceitável os homens cometerem adultério ao longo de todo o casamento;  hoje em dia, na nossa sociedade, já não se pode dizer que seja normal ou aceitável, mas é, ainda, ‘desculpável’. 

Volto a repetir, infidelidade é desamor e desrespeito pelo outro… não pode haver desculpas. Se o casamento, enquanto vivência amorosa e emocional, de facto, acabou e nada mais resta senão a evidência da infidelidade, então, meus amigos, é preferível ir cada um para o seu lado. Pode doer, podemos ser condenados pela Igreja e muitas vezes pela própria sociedade, podemos sofrer, podemos passar tempos muito difíceis, mas nada comparado à humilhação e à violência de uma alma emocionalmente traída.

Domingo, Se Fores à Missa ……. Ama !

Maf

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos
Naquele tempo, aproximaram-se de Jesus uns fariseus para O porem à prova e perguntaram-Lhe: «Pode um homem repudiar a sua mulher?».
Jesus disse-lhes: «Que vos ordenou Moisés?».
 Eles responderam: «Moisés permitiu que se passasse um certificado de divórcio para se repudiar a mulher».
Jesus disse-lhes: «Foi por causa da dureza do vosso coração que ele vos deixou essa lei.
Mas, no princípio da criação, ‘Deus fê-los homem e mulher. Por isso, o homem deixará pai e mãe para se unir à sua esposa, e os dois serão uma só carne’. Deste modo, já não são dois, mas uma só carne.
Portanto, não separe o homem o que Deus uniu».
Em casa, os discípulos interrogaram-n’O de novo sobre este assunto. Jesus disse-lhes então: «Quem repudiar a sua mulher e casar com outra, comete adultério contra a primeira. E se a mulher repudiar o seu marido e casar com outro, comete adultério».

Palavra da salvação

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