Das minhas rotinas diárias de contacto com o país consta a leitura das capas dos jornais. Se houver algum tema que me interesse vou ao site respectivo. Fico assim a saber o que se passa por um certo mundo e que merece primeira página. Passo friamente através dos jornais desportivos, e tenho o meu momento de lazer com as capas das revistas, sejam as sociais sejam mais dedicadas às telenovelas. Como não vejo novelas (e penso que já falei no estabelecimento sobre este assunto) tenho dificuldades em perceber se a Carolina e a Sara são personagens se são gente real, tenho dúvidas sobre a veracidade das ameaças de morte.
O mundo destas capas muda todos os dias - e isso não é forçosamente bom. No entanto, desde o dia 8 de Agosto que a rainha de Inglaterra (última linha, para os menos atentos) se mantém serena, elegante, persistente na vigilância do que resta do império britânico. Há lindas e talentosas que serão substituídas pelos romances de actores, pelas traições de actores. Meghan dará lugar a uma outra princesa cujo casamento está pelas ruas da amargura, que desrespeitou o protocolo ou foi fotografada com o dedo no nariz. Goucha passará de moda quando as tricas com a Cristina ou com não sei quem já não interessarem. A Rainha Isabel - e num sentido muito lato tudo o que ela representa - permanecerá, não obstante a efemeridade de uma certa vida mundana.
As capas das revistas são uma boa metáfora para a vida.
JdB (I)
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