A um negrilho
Na terra onde nasci há um só poeta.
Os meus versos são folhas dos seus ramos.
Quando chego de longe e conversamos,
É ele que me revela o mundo visitado.
Desce a noite do céu, ergue-se a madrugada,
E a luz do sol aceso ou apagado
É nos seus olhos que se vê pousada.
Esse poeta és tu, mestre da inquietação
Serena!
Tu, imortal avena
Que harmonizas o vento e adormeces o imenso
Redil de estrelas ao luar maninho,
Tu, gigante a sonhar, bosque suspenso
Onde os pássaros e o tempo fazem ninho!
Miguel Torga
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* retirado do SNPC, publicado em 16.03.20
As melhores viagens são, por vezes, aquelas em que partimos ontem e regressamos muitos anos antes
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