Estive na Escola Prática de Infantaria, em Mafra, entre Março e Agosto de 1980. Tenho memórias muito claras desse tempo: a impressão que me fez ver centenas de recrutas vestidos de forma igual, alinhados em corredores onde circulavam carros militares; a má qualidade da comida, a dureza física da recruta para alguém sem hábitos de desporto, o espírito de corpo, a ideia de regras e disciplina, a descoordenação motora de alguns mancebos, a ideia de caserna e o Sporting a ser campeão.
Há outra memória: durante o curso de oficias milicianos - talvez 2 meses - acordei todos os dias, rigorosamente todos os dias úteis, ao som desta música. Em Mafra chovia muito, fazia frio, mas alguém nos cantavas: vamos acordar / e ficar a ouvir / a rádio no ar / a chuva cair... Infelizmente não havia ninguém a querer abraçar-nos, a prender-nos o corpo, na cama ou no chão. A instrução esperava por nós.
No fundo era isso. O inimigo, a pátria de que não se falava porque era um tema tenso, o vossa excelência meu aspirante dá licença, o camarada cujo artista da sua devoção era o frei Elmano Belmonte.
As Doce, para um momento de uma certa nostalgia.
JdB
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