Hoje é Domingo e eu não esqueço a minha condição de Católico.
Serei honesto: não comentarei o Evangelho de hoje. Os meus fiéis leitores, ou me perdoarão ou rejubilarão... O facto é que estive no último dia e meio num encontro da Acreditar. Um dia e meio com gente que perdeu filhos, que passou pela doença (cancro infantil) e sobreviveu, que é voluntária ou faz parte da estrutura profissional. Um dia e meio duros - mas produtivos...
Ao fim do dia de ontem falava com uma das profissionais e fundadoras da Acreditar, uma holandesa que perdeu uma filha.
Sabes, dizia-me ela, tive um educação católica. Mas à medida que ia pensando por mim própria ia perdendo a Fé.
Olhei para ela e disse-lhe com o ar mais confiante que tinha: tem graça... Eu, à medida que ia pensando por mim próprio, ia ganhando Fé.
No carro, no regresso, vinham três pessoas - eu próprio e mais duas mães. Todos tínhamos perdido filhos, vítimas de cancro - seis, sete, oito anos, por aí. Ele há dias, sabem...
Bom Domingo para quem me lê. E não se esqueçam de agradecer.
JdB
EVANGELHO – Lc 20,27-38
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
Naquele tempo,
aproximaram-se de Jesus alguns saduceus
– que negam a ressurreição –
e fizeram-Lhe a seguinte pergunta:
«Mestre, Moisés deixou-nos escrito:
‘Se morrer a alguém um irmão,
que deixe mulher, mas sem filhos,
esse homem deve casar com a viúva,
para dar descendência a seu irmão’.
Ora havia sete irmãos.
O primeiro casou-se e morreu sem filhos.
O segundo e depois o terceiro desposaram a viúva;
e o mesmo sucedeu aos sete,
que morreram e não deixaram filhos.
Por fim, morreu também a mulher.
De qual destes será ela esposa na ressurreição,
uma vez que os sete a tiveram por mulher?»
Disse-lhes Jesus:
«Os filhos deste mundo
casam-se e dão-se em casamento.
Mas aqueles que forem dignos
de tomar parte na vida futura e na ressurreição dos mortos,
nem se casam nem se dão em casamento.
Na verdade, já nem podem morrer,
pois são como os Anjos,
e, porque nasceram da ressurreição, são filhos de Deus.
E que os mortos ressuscitam,
até Moisés o deu a entender no episódio da sarça ardente,
quando chama ao Senhor
‘o Deus de Abraão, o Deus de Isaac e o Deus de Jacob’.
Não é um Deus de mortos, mas de vivos,
porque para Ele todos estão vivos».
2 comentários:
Querido João,
O seu comentário tem tudo a ver com o Evangelho:
"Não é um Deus de mortos, mas de vivos, porque para Ele todos estão vivos".
Beijinhos e obrigada por dar testemunho dessa Fé cada vez mais madura.
Caro Colega Domingueiro, sem querer massacrar ou impor-me aos nossos leitores dominicais, pode sempre trocar comigo ou desafiar-me a 2 domingos seguidos. Que não seja por isso que os leitores fiquem sem homilia, rs.
Bj
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