Eixo Virgem - Casa 6/ Peixes - Casa 12
Nesta última
semana a minha vida tem sido um permanente seesaw
entre a energia de Virgem e tarefas de Casa 6, e a energia de Peixes e assuntos
de casa 12.
A venda da
casa de Cape Cod marca o fim de um capítulo do meu percurso. Com uma vida cheia
de mudanças como a minha devia estar habituada, mas desta vez estou cheia de pena
e desgosto. Muitas vezes têm-me vindo lágrimas aos olhos porque dizer adeus é difícil, sobretudo para uma pessoa, como eu, nascida sob a Lua Nova que está, consequentemente, mais à vontade com inícios e não com fins. Mas tenho que me render à força
da corrente que mudou as nossas vidas e largar esta amarra. Ao mesmo tempo dou
graças pelos momentos sublimes que aqui vivi, como o último dia na praia ao fim
tarde com os meus seis netos …
Zach, Tomas, Isabel, Alice, Oliver e Teddy em
Hardings Beach, Chatham, Cape Cod ao fim da tarde
Dentro do caos
dos meus sentimentos actuais, mesmo antes de partir já sinto saudade.
Tudo o que
descrevi se enquadra dentro do arquétipo Peixes/ Casa 12. No lado oposto do zodíaco
está a energia de Virgem e a casa 6. Aqui contrabalanço com pragmatismo, ordem,
tratar de reparar todas as pequenas coisas que se estragam numa casa, organizar
o envio para Londres e para Seattle, dar o que não preciso, deitar fora o que
está estragado. Este exercício de tomar uma decisão sobre cada móvel, lençol,
moldura ou panela é um escape à tristeza. Quero deixar o meu jardim o mais saudável
possível, numa preocupação de eficiência talvez idiota, mas o meu jardim, onde
não há arbusto, erva, flor que não tenha sido plantada por mim, é quase um sétimo
neto.
Como diz o
Eclesiastes: "Tudo tem a sua ocasião própria, e há tempo para todo o
propósito debaixo do céu". Hoje é, sem dúvida, tempo de dizer adeus ao sonho de Cape Cod (Peixes) e de, eficiente
e eficazmente, cumprir a minha to do list (Virgem).
Por essa razão
este post é mais breve do que o habitual … A criatividade (Leão) ficará para
quando a lista dos afazeres tiver sido cumprida e as lágrimas tiverem secado.
Luiza Azancot
4 comentários:
Voltamos a falar do Eclesiastes, com esta frase cheia de sabedoria que de alguma forma nos conforta. Há um tempo para tudo, de facto, e o grande desafio é percebermos what's what...
Uma outra frase, talvez mais no domínio de um wishful thinking da fé, diz-nos que quando Deus fecha uma porta abre sempre uma janela. Também aqui o desafio é identificarmos a janela, se bem que no vosso caso a frase possa ser tomada à letra, e não no sentido figurado. Pode construir-se uma casa começando por uma janela aberta?
"Partamos de flor ao peito", diria o poeta.
Um abraço
Minha querida amiga,
Sei o que sentes, até porque te conheço bem (sorte a minha), mas sabes?
Quando vi a fotografias dos netos na praia, imaginei esta correria na praia do Guincho. Aposto que daqui a 2 anos, já com a Isabelinha mais à frente, esta cena se repetirá e ao fundo veremos a prancha de Windsurf do Miguel.
Back home where you all belong.
Querida Luiza
o seu testemunho deixou-me de lágrima ao canto do olho. A foto dos netos exaltou todo o lado caranguejo que há em mim e fiquei completamente enternecida.
Um beijinho muito grande
Marta
Muito bonito o seu post, Luiza. Espero que se refaça desta perda dentro em breve e que goze muito, muito a próxima etapa da sua vida (que espero seja o melhor possível). pcp
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