Vénus: Estrela da Noite / Estrela da Manhã
No passado dia 11
de Janeiro Vénus juntou-se ao Sol no que se designa por “conjunção inferior”, em
que Vénus está alinhada com o Sol mas posicionada entre este último e a Terra. É
o princípio de um ciclo de 584 dias, o equivalente venusiano a uma Lua Nova. É também
a época em que Vénus deixa de aparecer no firmamento como estrela da noite para
reaparecer, mais brilhante do que nunca, como estrela da manhã.
Quando Vénus se aproximou do Sol ficou ausente dos céus em termos visuais no dia 1 de Janeiro, tocou no Sol no dia 11 e continua ausente até ao dia 17 de Janeiro, dia em surge como estrela da manhã. Permanece como estrela da manhã durante cerca de 260 dias, desaparece novamente com a proximidade da conjunção superior (agora é Sol que está entre a Terra e Vénus) e reaparece como estrela da noite onde permanece durante 260 dias. Todo este ciclo – ciclo sinódico de Vénus - dura 584 dias. A matemática deste ciclo é fascinante mas ficará para um próximo post. O gráfico abaixo mostra a diferença entre as duas conjunções, com a Terra representada a castanho e Vénus a azul.
Quando Vénus se aproximou do Sol ficou ausente dos céus em termos visuais no dia 1 de Janeiro, tocou no Sol no dia 11 e continua ausente até ao dia 17 de Janeiro, dia em surge como estrela da manhã. Permanece como estrela da manhã durante cerca de 260 dias, desaparece novamente com a proximidade da conjunção superior (agora é Sol que está entre a Terra e Vénus) e reaparece como estrela da noite onde permanece durante 260 dias. Todo este ciclo – ciclo sinódico de Vénus - dura 584 dias. A matemática deste ciclo é fascinante mas ficará para um próximo post. O gráfico abaixo mostra a diferença entre as duas conjunções, com a Terra representada a castanho e Vénus a azul.
Este fenómeno
intrigou os nossos antepassados. Os Egípcios consideravam a estrela da manhã e
a estrela da noite como dois planetas diferentes. Os Maias sabiam que era o
mesmo planeta e davam imensa importância ao ciclo de Vénus, sobretudo ao
aparecimento da estrela da manhã. Acreditavam que depois Vénus desaparecer, “beijava”
o Sol e ao surgir era mais vermelha, mais agressiva e assim escolhiam esta
época como propícia para sacrifícios e início de guerra.
Os Gregos e posteriormente
os Romanos sabiam que era o mesmo planeta mas usavam duas mitologias
diferentes. Chamavam Phosphorus ou Lucifer (sem qualquer ligação ao significado
satânico da palavra) à estrela da manhã para ilustrar o seu brilho (lux = luz,
fer = quem traz) e Héspero à estrela noite.
Ao interpretar Vénus
astrológica no mapa natal além de tomar em atenção signo, colocação, ângulos
com outros planetas, regências, retrogradação, etc., levo em conta se se apresenta
como estrela da manhã ou estrela da noite.
Vénus simboliza entre
outras coisas como nos relacionamos com os outros. Quando estrela da manhã
significa que essas pessoas são extrovertidos relacionais, aproximam-se dos
outros de uma forma espontânea, antecipando coisas boas e quando desiludidos, traídos
ou abandonados não se deixam abater e recuperam rapidamente. As pessoas que tem
Vénus como estrela da noite são relacionalmente mais introvertidas, não se
lançam impulsivamente nos relacionamentos, o que não quer dizer que não sejam
capazes de estarem intensamente apaixonadas. Dentro do seu mundo privado,
contido em si mesmo, os desapontamentos são sentidos com profundidade e deixam
feridas que podem demorar mais tempo a sarar.
Agora, estão com
curiosidade em saber se a vossa Vénus natal é Lucifer ou Héspero?
É fácil, olhe para o seu tema natal. Procure o
Sol, Vénus nunca pode estar muito longe (47 graus é a máxima distancia). Se
encontra Vénus no sentido dos ponteiros do relógio é estrela da manhã, no
sentido contrário ao dos ponteiros do relógio é estrela da noite.
Os amigos,
clientes e os leitores que me seguem regularmente sabem que nestes últimos três
anos tenho vivido em Roma, cidade onde a energia venusiana é fortíssima. Énea,
o fundador de Roma dizia-se filho de Vénus. O Templo de Vénus e Roma (também uma
divindade) era o maior templo da Roma antiga cujas ruínas ainda se podem ver no
Foro Romano. Mesmo de hoje em dia se sente a energia venusiana desta cidade pela
grande visibilidade dos temas sob a sua regência: a beleza, a importância da
boa comida, o enorme número de floristas e lojas de lingerie que se vêm nas ruas.
Estou a passar os
meus últimos 10 dias em Roma. Cheguei dia 7 e parto no dia 17 de Janeiro. Estas
datas não foram escolhidas por mim mas sim determinada pelas circunstâncias do
trabalho do meu marido. Durante estes dias Vénus está invisível do céu. A astróloga
em mim não pode deixar de sorrir ao notar que mais uma vez o Universo se
manifesta e a indica-me que é tempo de partir.
Luiza Azancot
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