Símbolos, nomeadamente símbolos sabeus
Os símbolos
são instrumentos poderosos. São chaves que abrem as portas do nosso universo
mental e emocional. Através da imaginação levam-nos mais longe no nosso caminho
ou abrem novos caminhos quando tocam pontos até agora inertes da nossa psique.
A astrologia é
na sua presente forma é uma linguagem simbólica. Usamos símbolos geométricos para
designar signos e planetas. Usamos imagens que contem a essência do significado
do signo… E assim foi durante muitos séculos.
O americano Marc
Edmund Jones (1888 – 1980) teve uma grande importância na evolução dos símbolos
astrológicos. Escritor prolífico, na primeira parte da sua longa vida vendeu inúmeros
guiões para a indústria cinematográfica, depois estudou teologia e foi ordenado
pastor protestante. Mais tarde tirou um doutoramento em filosofia na
Universidade de Columbia. Mas a maior marca que deixou foi como astrólogo e
estudante de disciplinas esotéricas.
Em 1925, em São
Diego, na Califórnia, Marc Edmund Jones preparou 360 pequenos cartões relativos a
cada grau do zodíaco. Numa tarde, depois de baralhar esses cartões, extraiu um
de cada vez e uma médium, Elsie Wheeler, descreveu em algumas palavras os símbolos
que visionava. Marc Edmund Jones registou essas palavras nos seus cartões e
chamou ao conjunto destas visões “Símbolos Sabeus”. Acreditava que Elsie canalizou
a “matriz primitiva da mente” dos alquimistas sabeus da antiga Mesopotâmia /
Suméria.
Marc Edmund Jones era um homem instruído, sério e só quase 30 anos depois em 1953 publicou o conjunto dos símbolos sabeus já muito trabalhados e utilizados pelos seus numerosos alunos. Como astrólogo lutou para livrar a astrologia de aspectos fatalistas e preditivos e deixou trabalhos notáveis noutras áreas da astrologia.
Marc Edmund Jones era um homem instruído, sério e só quase 30 anos depois em 1953 publicou o conjunto dos símbolos sabeus já muito trabalhados e utilizados pelos seus numerosos alunos. Como astrólogo lutou para livrar a astrologia de aspectos fatalistas e preditivos e deixou trabalhos notáveis noutras áreas da astrologia.
Confesso que
na minha prática diária de astrologia pouco utilizo os símbolos sabeis, ao contrário
de outros ensinamentos de Marc Edmund Jones. Tenho colegas, como Sónia Beth http://soniabeth.blogspot.pt/ que os utilizam diariamente. Mas de vez
em quando, talvez respondendo a um chamamento da matriz primitiva da mente, consulto
o livro. Na página 281 o símbolo para o grau 11 de Aquário é:
A próxima Lua
Nova de 30 de Janeiro é nesse grau de Aquário, e a delineação da carta da Lua Nova
usando os símbolos astrológicos habituais encaixa perfeitamente na visão da médium
Elsie Wheeler. Ui! Mais uma sacudidela na minha aproximação cartesiana da
astrologia.
A conjunção
Sol/Lua (Lua Nova) está num ângulo potenciador com Úrano, o planeta que rege o
signo de Aquário. Úrano, por sua vez, está em quadratura com Júpiter em
Caranguejo e com Plutão / Vénus em Capricórnio. Resumindo a delineação: esta
carta fala de inspiração, de mudança e profunda realização do papel que cada um
de nos pode ter neste mundo. Essa realização só pode vir se nos afastarmos e
nos recolhermos, donde a referencia ao tête
– à – tête. Estávamos perto de Hollywood e em pleno anos 20, o que explica
o uso deste francesismo. Mas de uma forma actual, o texto explicativo de Marc
Edmund Jones adverte que o grau 11 de Aquário pode ser vivido de forma positiva
com “idealismo entusiástico e desejo incansável de servir os outros” ou de
forma negativa como total auto-obsessão.
Desejo a todos
uma excelente Lua Nova vivida da forma mais positiva, porque o mundo bem precisa
de mudança inspirada por ideais altruístas e igualitários. Temos que enfrentar
medos e reivindicar o poder que perdemos.
Se por acaso estes
símbolos não se encaixam com a sua maneira de ver o mundo, tem alternativa. Na
Lua Nova de Aquário celebra-se sempre o Ano Novo Chinês. O dia 31 de Janeiro (data
da lua nova na China) dá início ao ano do cavalo de madeira que simboliza
força, perseverança, pureza e lealdade. Com estas quatro características também
se pode fazer muito!
Luiza Azancot
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