Isto podia ser uma crónica,
Um texto,
Um tempo verbal,
Um história,
Um amontoado de conjugações em pretérito mais que perfeito que explicassem o nosso quase beijo,
O nosso quase amor,
A nossa fotografia não revelada,
A nossa quase história.
Não tive a valentia de ser por inteiro,
Dei-te metade de mim,
Só metade.
Fica esta música como memória de um amor que quase fomos,
Subimos uma montanha a meio,
Atravessamos um rio sem chegar à outra margem.
Fica uma música sem refrão,
Um conto sem fim,
Um era uma vez sem história.
Quem sou eu para julgar-te,
Se fomos só um quase.
(Fotografia e texto de TdB)
2 comentários:
Lembrou-me
Jacques Prevert
"les amoureux trahis"
Moi j'avais une lampe - et toi la lumière - Qui a vendu la mèche?
Uma sensacao muito comum na vida!
Sessenhora!
Queremos mais.
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