Enchem-nos os ouvidos com o amor de mãe. Lailailailai que mãe há só uma e que com três letrinhas apenas se escreve a dita palavra. Escrevem-se textos piedosos nos boletins das paróquias, que o dia da mãe ainda está fresquinho de nem há um mês, e que tanta falta faz uma prendinha para a mamã que dinamiza o comércio local. Ai a minha mãe, ai a minha querida mãezinha, quem tem uma mãe tem tudo, que não tem mãe não tem nada. E lailailailai.
Ontem, ao ir para Lisboa almoçar com o meu querido amigo fq - num restaurante pequeno, nesse dia excessivamente barulhento, onde a Susana serve a preceito o que a Dona Carmina, sua mãe, cozinha ao fogão - ontem, dizia eu, dei por mim a ouvir este fado com que brindo o meu fiel e persistente auditório. Na circunstância era Tino Ferreira a repor a verdade do jogo, a alcandorar o amor de pai onde ele deve ser posto. Mai'nada! As três letrinhas são pró papá, o amor é do papá, que é tão bom que há gente que tem dois, porque as mães eram grandes de coração. Lailailailailai.
Armando Neves, onde quer que ele se encontre, é no panteão que está.
Façam o favor de se ser felizes - e de beijar as vossas mãezinhas que, apesar do amor que vos devotam ser menor, também merecem.
Manuel Dias, o genial criador, para vosso deleite.
Manuel Dias, o genial criador, para vosso deleite.
JdB
AMOR DE PAI
Letra: | Armando Neves |
Música: | José António Augusto da Silva |
Repertório: | Manuel Dias |
Notas: | Fado Bacalhau |
Eu não sei porque razões |
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