01 outubro 2015

Crónicas de um mestrando tardio


Para a juventude isto é um fait-divers, habituados que estão a Bolonha e as estas coisas de teses de mestrado. Mas para mim - e confesso o entusiasmo quase infantil - não é. Representa o culminar de dois anos de estudo e muita leitura, muita audição, muito enervamento, muita intolerância para as críticas, muita vontade de melhorar, muita coisa escrita para ser deitada fora, muita inspiração, muita aridez mental, muito apoio recebido. Nada de muito importante, no entanto - a não ser o que alguns fizeram por mim.

Hoje farei a entrega. Ontem terminei tudo eram quase 11 da noite. Como dizia ao ATM, na ausência de numerus clausus para teses de mestrado vencem-nos com a burocracia: um CD cheio de requisitos, cinco CV impressos, sete dossiers encadernados a quente com preceitos, quatro impressos para preencher, um dos quais autorizando (ou não) a disponibilização da tese ao mundo. Estou aqui estou no TED Talk...

Sejam felizes - e desculpem qualquer coisinha.

JdB

   

1 comentário:

Luísa A. disse...

É verdade, João. Para nós, um mestrado não é outro nome que se dá à licenciatura - como a licenciatura foi, se calhar, outro nome que se deu ao antigo bacharelato -, mas um passo muito exigente numa carreira que se dedica ao estudo e à investigação. Muitos parabéns, portanto, pelo passo dado, e pela escolha de um tema tão especial.

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