Há muito que deveria ter trazido a esta rubrica os UHF,
grupo da outra banda nado e criado em Almada, que posso considerar como o meu
“concelho adoptivo”, pois nele vivi e cresci desde tenra idade.
Fui pois vizinho deles durante largo tempo. Lembro-me
vagamente de ver no liceu de Almada o vocalista e guitarrista, António Manuel
Ribeiro, mais velho do que eu uns dois ou três anos, numa época anterior a 1974
em que as escolas dos subúrbios eram terreno propício à instigação do protesto
e da subversão. Se calhar sem grandes diferenças para o que se passa hoje em
dia, afinal….
Lembrei-me da minha falha quando me apareceram na net,
ao fazer umas pesquisas sobre o Pedro Barroso, apresentado neste blogue há
dias. Músico que também me atrasei a postar, e uma (a menor!) das razões para
isso é certamente porque é o autor do hino do meu clube, e seu adepto
incondicional. Mas o PO antecipou-se e fê-lo, e muito bem!
Os UHF são um dos grupos de topo do rock português, há
mesmo quem lhes atribua a paternidade do mesmo, mas não vou por aí, que há
vários a reclamarem-se dessa qualidade. Limito-me a constatar que são “antigos”
(1978), resistentes (ainda este ano editaram um álbum comemorativo dos 35 anos
de carreira) e genuinamente portugueses.
Músicas como “Cavalos de Corrida” e “Rua do Carmo”, ambas
com mais de 30 anos, continuam a ser referências do rock nacional.
António Manuel Ribeiro é a alma do grupo. Não o
acompanhando de todo nas suas preferências políticas e futebolísticas, ambas
demasiado avermelhadas para meu gosto, acompanho-o todavia enquanto músico e
compositor.
Espero que também gostem!
fq
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