Passei por você há pouco
Ria como ri um louco
Ria sem saber de quê
Não se ria, não se gabe
Pois você ainda não sabe
Se eu gosto ou não de você
Não se ria, não se gabe
Pois você ainda não sabe
Se eu gosto ou não de você
Você diz que eu não o quero
Que não tenho amor sincero
Mas nunca me diz por quê
Eu não sei bem se é amor
Mas vá lá p'ra onde for
Vejo a sombra de você
Eu não sei bem se é amor
Mas vá lá p'ra onde for
Vejo a sombra de você
Não lhe peço que me queira
Nem que eu queime a alma inteira
Nada quero que me dê
O que eu sinto é só comigo
Mas deixá-lo, não lho digo
Nem que eu morra por você
O que eu sinto é só comigo
Mas deixá-lo, não lho digo
Nem que eu morra por você
Alfredo Marceneiro / Frederico de Brito
***
Vingança
Eu gostei tanto, tanto quando me contaram
Que a encontraram
Bebendo e chorando na mesa dum bar
E que quando os amigos do peito
Por mim perguntaram
Um soluço cortou sua voz, não a deixou falar;
Eu gostei tanto, tanto, quando me contaram
Que tive mesmo que fazer esforço
Pra ninguém notar
O remorso talvez seja a causa
Do seu desespero
Você deve estar bem consciente
Do que praticou
Vem-me fazer passar essa vergonha
Com um companheiro
E a vergonha é a herança maior
Que meu pai me deixou
Mas enquanto houver força em meu peito
Eu não quero mais nada
Só vingança, vingança, vingança
Aos santos clamar
Você há-de rolar como as pedras
Que rolam na estrada
Sem ter nunca um cantinho de seu
Pra poder descansar
Lupicínio Rodrigues / Lupicínio Rodrigues
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